Tristemente, mesmo com a proibição do consumo de drogas lícitas por menores de 18 anos, ainda, todos os anos, há o aumento do índice de usuários adolescentes. Essa tese pode ser comprovada por meio de dados divulgados pelo IBGE, em 2015, os quais apontam que mais da metade dos estudantes do 9° ano, de escolas públicas e privadas, já experimentaram bebidas alcoólicas. Nesse contexto cabe analisar os entraves vinculados à problemática do uso precoce de substâncias tão prejudiciais à saúde. Com efeito, a falta de fiscalização estatal para o cumprimento da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas e cigarro para menores de idade, facilita o consumo e agrava o problema em questão. Dessa forma, mesmo sendo proibida a ingestão e a compra dessas substâncias pelos adolescentes, eles facilmente têm acesso e por isso, desde muito cedo tornam-se usuários, mesmo sem o conhecimento de todas as consequências que isso pode causar. Assim, na fase mais importante para a formação educacional desses cidadãos, já são expostos ás sequelas causadas pelo uso de drogas, como déficit de memória e retardo do aprendizado, o que prejudica tanto a qualidade do ensino, quanto a saúde pública do país. De outra parte, a cultura do consumo do álcool e tabaco entre os adolescentes, apresenta-se como outro fator preponderante para o aumento dessa prática. Por isso, é extremamente comum em festas e reuniões de jovens a presença de bebidas alcoólicas, o que torna a prática de beber natural para eles. Além disso, muitos dos menores de 18 anos veem a utilização dessas substâncias como meio de ser inserido a um determinado grupo e conseguir autoconfiança. Consoante isso, o psicólogo Frederic Skiner desenvolveu o Behaviorismo Radical, definindo o comportamento do homem como reflexo do meio sobre ele. Dessarte, a perpetuação da cultura do consumo de drogas lícitas se dá devido à mímese que os cidadãos reproduzem do padrão social. Levando em consideração o exposto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Torna-se imperativo que o Governo fiscalize com rigor o cumprimento da lei que prevê crime o fornecimento de drogas lícitas para menores, punindo as instituições que não cumprirem com o previsto, a fim de cessar a venda ilegal para essa parcela da população, dificultando então, o consumo. Ademais, o Ministério da Educação deve implantar nas escolas projetos que promovam palestras com ex usuários de drogas, visando expor aos alunos as consequências enfrentadas por esses indivíduos, conscientizando-os sobre essa realidade para que se afastem desse estilo de vida. Assim, a problemática será superada.