Contemporaneamente, um entrave existente no Brasil e no mundo é o elevado consumo de drogas lícitas por adolescentes, gerando problemas irreversíveis na vida de jovens e familiares. Nesse sentido, é preciso compreender os motivos e os meios que levam a essa parcela da população consumir substâncias prejudiciais como o álcool e o tabaco, afinal, esse é o ponto de partida para uma solução efetiva. Aliás, o ideal de consumo positivista e o papel precário familiar surgem, indubitavelmente, como canalizadores desse panorama. Em primeiro plano, é preciso relacionar o ideal de consumo existente e o problema do aumento do uso de drogas. No país, muitos jovens consomem bebidas para se enquadrarem em meios sociais, sendo possivelmente excluídos caso rejeitem. Outrossim, as propagandas existentes atuam como fator motivador para milhares de menores de idade terem anseio em experimentar. Dessa forma, problemas de saúde crônicos podem ocorrem em idades precoces, como danos no fígado e alterações na memória. Nessa perspectiva, convém observar que, segunda pesquisa pelo IBGE, 55,5% de estudantes entre 13 e 15 anos já experimentaram bebidas alcoólicas, evidenciando a alarmante situação e a necessidade de ações preventivas. Além disso, o papel familiar também está diretamente relacionado com a causa do problema. Em muitos casos, familiares são os responsáveis pela introdução de drogas como a bebida, ocasionando em maior probabilidade de vício devido a confiança que os mesmos exercem em seus filhos. Para o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, afirmando o indispensável papel do educador na prevenção do uso de qualquer substância que leve a dependência e os consequentes problemas de saúde. Infere-se, portanto, que o Governo e as mídias cooperem para enfrentar a proliferação de drogas lícitas entre jovens. Cabe ao Governo Federal, por meio de campanhas educativas, em todo o país, salientar os diversos danos causados por drogas, destacando o elevado índice na população jovem e a necessidade de fiscalizar de forma correta para evitar esse consumo, com o intuito de estabelecer um país menos suscetível a casos de vício precoce, visando uma sociedade melhor. Além disso, ações em mídias como rádio e televisão devem, em paralelo, evidenciar o importante papel familiar na educação. Assim, o alcance e a eficiência dessas ações serão relevantes conquistas, de modo que exista uma transformação viva, ética e efetiva.