A Declaração Universal dos Direitos Humanos – principal documento que serve de referência ao exercício da cidadania – assegura a todos o bem-estar social. Entretanto, o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes no Brasil evidencia que essa norma não é garantida na prática. Sob essa óptica, há dois fatores que não devem ser negligenciados, como o avanço das indústrias de drogas e as mazelas sociais proporcionadas pelo uso excessivo. Logo, é imperativo enfrentar esse problema. Primeiramente, é importante destacar que, assim como qualquer outro comércio do século XXI, as indústrias de cigarro e bebida alcoólica visam a expansão do lucro. Nesse sentido é comum utilizar de estratégias que atraiam as pessoas para o aumento das vendas – a exemplo disso, nota-se, atualmente, a adição de sabores aos cigarros e a grande variedade de bebidas com teor alcoólico –. Com efeito, essa ação atrai, também, os jovens, que apresentam maior facilidade da fixação de vícios, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria. Dessa forma, como estabelecida a máxima “O homem é lobo do homem”, pelo filósofo inglês Thomas Hobbes, muitas indústrias estão obtendo lucros devido às consequências prejudiciais de outros. Além disso, em consequência do uso das drogas lícitas, inúmeros entraves são identificados. Destarte, a desestruturação familiar causada pelo alcoolismo, o aumento de casos de câncer proporcionados pelo uso do cigarro e, infelizmente, uma parcela da demanda de jovens que estão ausentes nas escolas são apenas alguns dos reflexos da utilização dos entorpecentes legais. À vista disso, para que seja possível afrontar com o aumento do uso de drogas é controverso proibir algo que é legalizado, logo, outros meios, como o incentivo a não consumição poderão ser atribuídos. Desse modo, como determinado pelo educador pernambucano Paulo Freire, a escola pode servir como um espaço de pedagogia anti-droga e, assim, dirimir a expansão de tal mazela atual. Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para que o aumento do consumo de droga por adolescentes seja corrompido. Nessa perspectiva, haja vista a existência do PROERD, cabe ao Ministério da Educação, juntamente com a Polícia Militar, desenvolver um novo plano que intensifiquem a não consumição das drogas pelos jovens. Desse jeito, é mister adicionar um programa – principalmente no ensino médio – que estabeleça um melhor desenvolvimento do senso crítico dos jovens. Essa ação deverá trazer a participação dos professores das disciplinas de sociologia e filosofia que ministrarão conteúdos de convívio social, ética e conduta moral relacionados ao tema. Ademais esse projeto deverá proporcionar às famílias dos alunos palestras instrucionais que ministram ensinamentos sobre medidas preventivas e as consequências dos usos das drogas trazendo como finalidade, também, a participação dos pais na dissolução desse problema.