O Brasil em sua contemporaneidade enfrenta o significante crescimento do uso de drogas lícitas por adolescentes. Produtos capazes de causar dependência, embora exijam faixa etária, são hodiernamente comercializados sem fiscalização e, logo consumidos por menores de idade no país. Nesse contexto, cabe analisar os entraves vinculados à problemática do aumento do uso dessas drogas nocivas na adolescência brasileira. Primordialmente, é indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com o que está prescrito na Constituição, é proibida a venda e o consumo de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos. No entanto, o escasso controle e a fiscalização na comercialização dessas bebidas influem a ingestão precoce do álcool e reforça graves problemas de saúde pública, isto é, o aumento de doenças, como o alcoolismo e o câncer entre adolescentes. Outrossim, em conformidade com o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua principal obra "Modernidade Líquida", a fluidez das relações é a principal vicissitude da pós-modernidade. Sob esse viés, pode-se compreender que os adolescentes, como indivíduos influenciáveis e dispostos a novas experiências, são facilmente motivados a consumirem, por exemplo, cigarros em festas e reuniões, dessa maneira, possibilitando o desenvolvimento do tabagismo. Dessa forma, portanto, medidas são necessárias para resolver esse empasse. O Estado deve otimizar a criação e a aplicação de leis mais severas referentes à venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, a fim de diminuir a ingestão e a dependência dessas bebidas na adolescência. Ademais, o Ministério da Saúde, aliado à ONGs, deve informar aos indivíduos menores de idade sobre os malefícios e as doenças relacionadas ao consumo de drogas lícitas, por meio das diversas formas de comunicação social, assim, visando uma maior conscientização. Desse modo, entender-se-á os efeitos nocivos da presença dessas substâncias na adolescência.