É notório, na sociedade hodierna, o desenvolvimento cada vez mais precoce dos adolescentes. Logo, com o avanço da tecnologia e da informação, os hábitos utilizados pelo público "teen" para entretenimento e diversão mudaram completamente se comparado aos costumes das gerações anteriores. Sob o mesmo ponto de vista, a psicanalista Luciana Coutinho afirma em seu livro "adolescência e errância" que o adolescente da geração contemporânea está cada vez mais imerso na sociedade de consumo e que a tecnologia, a mídia e a internet influenciam em várias dimensões a vida do jovem. Sabe-se também que a adolescência é marcada por várias mudanças físicas, emocionais e comportamentais. Em meio a todo esse processo de transição, o adolescente, em alguns casos, busca no consumo de bebidas alcoólicas e/ou no da nicotina, uma solução para os seus problemas relacionados à ansiedade e depressão. Porém, em outros casos, nota-se que a ingestão dessas substâncias está ligada à influência de amigos ou até mesmo de familiares. Nesse caso, se tratando de drogas aceitas pela lei e estimulada pela sociedade, observa-se uma facilidade ainda maior na obtenção desses produtos, tendo em vista que existe um déficit na fiscalização de estabelecimentos comerciais. Dessa forma, algumas soluções podem e devem ser tomadas para que haja uma diminuição no consumo de drogas lícitas feito por adolescentes. Cabe ao Ministério Público impor uma fiscalização mais severa na comercialização dessas substâncias; torna-se necessário, também, nas instituições escolares discutir com mais frequência os riscos e as consequências que a ingestão desses produtos pode causar à vida; e, utilizar a mídia para promover campanhas de conscientização e orientações ao público adolescente.