Muitos jovens famosos, como a cantora inglesa Amy Winehouse, faleceram precocemente em decorrência do uso abusivo de entorpecentes. Contudo, exemplos como esse ainda são insuficientes para sensibilizar os adolescentes quanto ao consumo excessivo de substâncias nocivas. Nesse contexto, seja devido à necessidade de reconhecimento social, seja à curiosidade, no Brasil, os jovens têm aumentado o uso de drogas lícitas. Diante disso, é indispensável pensar em estratégias para enfrentar essa realidade. Primeiramente, é notório que o alto consumo de drogas lícitas na adolescência está relacionado com a necessidade de aceitação do grupo social. Isto porque, nessa faixa etária, os jovens começam a criar uma identidade de si e do conjunto de pessoas em que estabelecem maior vínculo. Assim, de acordo com o psiquiatra Augusto Cury, a necessidade de autoafirmação e a insegurança – características presentes nos juvenis – leva o indivíduo a ter atitudes negligentes contra si próprio. Dessa forma, a bebida alcoólica e o cigarro são, muitas vezes, utilizados como um mecanismo para expressar poder, independência e autoconfiança perante a comunidade. Ademais, a curiosidade dos adolescentes também é um fator determinante na utilização de drogas lícitas. Indubitavelmente, trata se de uma época em que o jovem, além de ser menos temeroso, está realizando descobertas quanto ao corpo, as sensações e os sentidos e, não obstante, tem vontade de experimentar tudo, principalmente aquilo que lhe é proibido. Nesse viés, a família tem um papel fundamental como orientadora, entretanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, 40% dos jovens de 12 e 13 anos, entrevistados, consumiram álcool pela primeira vez por influência de parentes. Dessa maneira, o interesse aguçado do juvenil é promovido pelos próprios entes próximos, o que contribui para o maior consumo de substâncias nocivas. É premente, portanto, enfrentar o aumento do consumo de drogas lícitas pelos adolescentes. Nesse sentido, é importante que as equipes pedagógicas das escolas trabalhem a questão da construção da identidade com os jovens. Essa medida pode ser realizada por meio de palestras e atividades extracurriculares com psicopedagogas que ensinem o aluno a refletir sobre a sua personalidade, sonhos e o autocuidado, com o objetivo de que ele adquira mais confiança em si e não tenha comportamentos autodestrutivos. Além disso, é importante que tanto as instituições de ensino quanto a família orientem os pequenos quanto aos danos causados no uso abusivo de substâncias como o álcool e o cigarro. Com essas medidas, a sociedade terá menos mortes drásticas, de jovens, causadas por overdoses.