A série “Breaking Bad” ficou mundialmente conhecida por retratar, entre outras coisas, a realidade de jovens usuários de drogas, abarcando simultaneamente a influência do uso desses componentes químicos nas ações do Estado. Contanto, fora das telas, o consumo de drogas por adolescentes, principalmente das lícitas, apresenta-se como uma problemática cujas consequências mais dramáticas para a sociedade brasileira se consolidam mais tardiamente, por mais que o seu aumento exponencial seja atual. Sabe-se que, segundo o jornal “O Globo”, em todas as regiões do Brasil, mais da metade dos jovens menores de idade já consumiram alguma bebida alcoólica, índice que nunca antes fora atingido nesse país. Entretanto, o consumo de drogas lícitas por adolescentes gera uma comunidade de adultos dependentes, cujos danos são tanto psicológicos, quanto sociais. Afinal, como disse o filósofo, Sêneca, “a educação influi sobre toda a vida” e, se cada vez mais cedo os indivíduos ficam submissos as drogas, mais difícil é de romper esse hábito na fase adulta. Porém, os estragos causados em nações devido a dependência química não são recentes, pois, no século XIX, o vício do ópio da população chinesa foi responsável até por guerras internacionais, como a famosa Guerra do Ópio, deixando claro que a luta contra as drogas também é de responsabilidade do Estado. Ademais, o médico Dráuzio Varella já afirmou, em seu canal no YouTube, que quando uma população vive de forma não saudável, seus integrantes têm mais chances de desenvolverem doenças graves e/ou crônicas ao alcançarem idades mais avançadas. Logo, o governo terá um gasto cada vez maior com a saúde pública, que poderia ser evitado com hábitos saudáveis na juventude. Portanto, torna-se claro que o atual aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes é responsável pela formação de uma sociedade escrava das drogas, necessitando medidas para resolver o impasse. Cabe ao Ministério da Educação o dever de tornar obrigatório, nas áreas de ciências naturais, o ensino sobre os efeitos químicos, físicos e biológicos das drogas no corpo humano, com o intuito de informar aos jovens sobre os riscos da dependência química. Assim como o Ministério da Saúde deve investir na construção de clínicas para dependentes de drogas com equipe psicopedagógica preparada para atuar com adolescentes, transformando-os em adultos saudáveis física e psicologicamente.