Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como enfrentar o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes

Redação enviada em 25/06/2018

O consumo de drogas lícitas na sociedade, principalmente o álcool e o cigarro, está fortemente atrelado a questões de sociabilidade, ou mesmo a situações de instabilidade emocional, como houve na Crise de 1929, na qual muitas pessoas foram sujeitas à miséria e tornaram-se vítimas das drogas. No entanto, a dependência gerada pela ingestão excessiva dessas substâncias acarreta em problemas físicos e psicológicos para o indivíduo. Ainda assim, muitas pessoas iniciam essa utilização cedo, na fase da infância ou adolescência, o que gera um risco ainda maior de submissão ao vício. Mesmo diante dos malefícios dessa prática, ela vem aumentando no Brasil, que passou a ser de 55,5% em 2015 o percentual dos jovens entrevistados que já experimentaram bebidas alcoólicas, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Diante isso, medidas devem ser tomadas para que esse crescimento possa ser combatido e evitado. Segundo o pesquisador Marco Andreazzi, os hábitos criados no período juvenil tendem a acompanhar os seres humanos pela vida adulta, confirmando as consequências do uso de componentes que causam dependência. Nesse mesmo sentido, crianças e adolescentes que aderem à utilização de drogas lícitas são mais propensas a desenvolverem o vício pelas substâncias e a sofrerem os efeitos causados por essas, como a perda de memória causada pelo alcoolismo excessivo. Com isso, jovens adictos podem colocar a si mesmos e a outras pessoas em risco, o que se pode comprovar com o aumento da prática de relações sexuais sem o uso de preservativos de forma proporcional ao da taxa de consumo de bebidas alcoólicas entre menores de 18 anos, conforme dados do IBGE. Isso contribui com a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e a ameaça de uma gravidez na adolescência. Entre os fatores que promovem o aumento do número de adolescentes que fazem o uso de drogas lícitas, destaca-se a negligência de estabelecimentos comerciais na venda dessas a pessoas menores de 18 anos, o que é proibido pela legislação brasileira, facilitando a distribuição e progredindo com o consumo ilegal. Além disso, pode também existir a falta de compromisso familiar, haja vista que é responsabilidade da família a garantia da proteção dos integrantes dependentes dessa, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. No entanto, em alguns casos os cidadãos do grupo familiar omitem-se às práticas de utilização de drogas ou ainda incitam o jovem a essa conduta. Assim, é necessário refletir sobre os valores repassados às crianças, se são os mais adequados para a introdução delas socialmente. O filósofo Platão postula que a orientação inicial que alguém recebe a partir da educação conduz de forma análoga seu comportamento posterior. Dessarte, a família deve promover aos membros mais recentes discussões sobre as consequências da utilização de substâncias psicoativas e, a partir do diálogo, gerar um pensamento mais responsável nesses. Outrossim, o Ministério da Saúde pode realizar campanhas preventivas em escolas ou instituições midiáticas acerca dos efeitos que os componentes psicotrópicos causam no corpo humano, e incentivar o uso de preservativos no ato sexual, para evitar o aumento do consumo de drogas ilícitas e a possível transmissão de doenças. Ademais, órgãos de fiscalização como o Conselho Tutelar devem fiscalizar comércios que vendam bebidas alcoólicas ou cigarros, para punir os indivíduos que não cumpram com a lei e impedir o vício precoce de adolescentes.