Sob o prisma do geógrafo brasileiro Milton Santos, o processo de globalização é perverso, na medida em que, concomitantemente á destruição de algumas barreiras, há o surgimento de outras. Nesse contexto, percebe-se que o consumo de drogas lícitas por adolescentes é um dos maiores desafios no Brasil hodierno. Diante disso, soma-se não só a pouca base familiar na sociedade orgânica, como também a ausência do poder público. Em primeiro plano, é necessário destacar que a pouca ou a falta de base familiar no crescimento dos jovens é um dos principais contribuidor na problemática em questão. Desse modo, o sociólogo francês Émile Durkheim está correto ao afirmar que a família é uma instituição fulcral da sociedade, isto é, o papel dos pais para educar e orientar seus filhos a discernir o que é certo ou errado é crucial. No entanto, isso nem sempre acontece o que acarreta a um exacerbado número de jovens desobedientes, irresponsáveis e vulneráveis a persuasão de colegas a provar drogas, como o cigarro e o álcool. Além disso, o poder público não possui eficiência, uma vez que, de acordo com a Legislação brasileira a venda e consumo de bebidas alcoólicas é proibida para menos de 18 anos de idade. Entretanto, essa não é uma realidade no país, tendo em vista que o mercado consumidor ilegal cresce proporcionalmente ao número de menores que as consomem, muitas vezes por status, como ocorria na década de 50. Por conseguinte, o indivíduo tende a desenvolver problemas emocionais, déficit de memória, insônia, bem como acidentes no trânsito. Logo, a fim de erradicar essa intempérie, cabe aos pais acompanharem a juventude de seus filhos ainda mais de perto, por intermédio de diálogos a respeito do assunto, com o fito de direcionar e evitar que esse fato não se torne realidade em suas casas. Outrossim, o Ministério da Educação deve implementar nas escolas desde o nível fundamental ao superior projetos e campanhas que abordem o problema, através de palestras e oficinas, ministradas por pedagogos e médicos, com o propósito de mostrar as consequências e incentivar o não uso dessas drogas. Ademais, o Poder Legislativo precisa aumentar e criar novas medidas de fiscalização nos comércios que fornecem esses elementos, com intuito de exterminar o consumo dessas substâncias por adolescentes. A partir dessas ações, espera-se promover uma melhora nas condições sociais e culturais do brasileiro.