As drogas lícitas podem parecer inofensivas e dar uma falsa sensação de segurança por serem permitidas pela lei, mas mesmo assim causam dependência química. Nesse contexto, os adolescentes são um dos principais grupos que ignoram as advertências sobre os danos que elas podem causar, especialmente no seu organismo que não está completamente desenvolvido. Assim, mudanças são necessárias para enfrentar essa problemática. Em primeiro lugar, é válido ressaltar que os efeitos da droga lícita mais comum entre os adolescentes, o álcool, podem ser ainda piores quando ele é consumido por esses indivíduos. Isso se deve ao fato de que o cérebro não está completamente formado até os 21 anos, e o risco de dependência é maior. Somado a isso, essa droga é uma depressora do sistema nervoso central, o que prejudica a concentração e aumenta a impulsividade. Dessa forma, as consequências desastrosas e evitáveis podem afetar o rendimento na escola e prejudicar os relacionamentos familiar e social. Sob outra ótica, a melhor forma de evitar que esses problemas ocorram é propor formas de alterar a simbologia que as drogas lícitas possuem, pois a imagem de um produto é intimamente ligada à imagem de seus usuários. Nesse sentido, o cigarro, por exemplo, não é mais tão popular atualmente devido a medidas como uma legislação rígida que estabelece várias restrições sobre as suas propagandas. Logo, ações como essa se apresentam necessárias para controlar o consumo das demais drogas lícitas, uma vez que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pouco mais da metade dos alunos que estão no primeiro ano do ensino médio no Brasil já experimentaram algum tipo de bebida alcoólica, o que demonstra o poder atrativo que exercem. Fica claro, portanto, que é imprescindível combater o aumento do consumo de drogas lícitas pelos adolescentes. Para isso, o Poder Legislativo deve criar leis severas que estipulem horários e locais limitados onde será permitida a propaganda das drogas lícitas, bem como impor a obrigatoriedade de apresentar na embalagem do produto os riscos e danos aos quais os consumidores se expõem. Por sua parte, as escolas devem propor aulas interdisciplinares que tratem sobre o consumo das diversas drogas lícitas e os danos que geram, além de levar convidados que passaram por esses problemas para dialogar com os alunos, de modo a promover o esclarecimento sobre a manipulação que elas exercem.