Hodiernamente no Brasil, assim como em muitos outros países, tem-se como elemento social característico a veneração ao álcool. Apesar de o conhecimento de que o consumo excessivo e frequente de bebidas alcoólicas é extremamente maléfico para a saúde física e mental ser difundido pela população, a sociedade venda os próprios olhos desse fato graças a aceitação e incorporação popular desse produto no cotidiano. O álcool é apenas uma das diversas drogas lícitas que são consumidas crescentemente por adolescentes na sociedade brasileira. Desde a Primeira Revolução Industrial, a cafeína na forma de café foi muito utilizada por diversos operários que necessitavam estar despertos para enormes jornadas de trabalho. Infelizmente, tal prática não é restrita aos adultos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo maior consumidor mundial de Ritalina, uma droga que estimula atividades mentais e aumenta a concentração por meio de atuação direta no sistema nervoso central. A busca insaciável por melhorias no rendimento dos estudos faz com que uma boa parte dos adolescentes recorram a essa substância, ou a semelhantes, sem a devida prescrição médica. Outrossim, os padrões de beleza imensamente exigentes e distantes da realidade natural humana, estabelecidos principalmente pela mídia, acabam por incentivar jovens a aplicação de anabolizantes ou a ingestão de anorexígenos. Ambas drogas provocam alterações significantes no organismo ocasionando, eventualmente, a enfermidade ou até mesmo o óbito. Diante desse cenário catastrófico, ficam evidentes as razões do aumento do consumo de drogas lícitas pelos adolescentes. As causas que estimulam e levam os jovens a utilizarem impropriamente essas substâncias são diversas. Portanto, a solução para tal problemática se dá através da conscientização ampla e abrangente dos malefícios da má utilização de tais drogas, além de uma venda mais fiscalizada e rigorosa. Para tanto, o Ministério da Saúde em parceria com o Governo Federal, deve advertir, por meio de propagandas abertas e palestras em escolas públicas e privadas, as possíveis consequências do consumo dessas substâncias, estabelecendo uma relação de causa e consequência em sua campanha de conscientização. Ademais, o Poder Legislativo tem o dever de aumentar a pena prevista para aqueles que venderem ou traficarem drogas lícitas a menores de idade. Desse modo, gradualmente, o uso inapropriado e danoso de substâncias tóxicas legais pela juventude será reduzido.