Título da redação:

Efeitos geracionais

Tema de redação: Como enfrentar o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes

Redação enviada em 16/08/2018

Durante o século XX, a geração Byroniana expressou na literatura ultrarromântica os males da juventude solitária e desiludida com a vida em si, embebida por drogas lícitas, como o álcool. Hoje, a utilização dessas possuem certas restrições legais. Entretanto, empecilhos como a repressão ao invés da orientação sem tabus, atrelados à minimização da complexidade do período da adolescência, reduzem avanços à proteção da juventude do consumo de drogas lícitas ao redor do mundo. É válido destacar que, antes de tudo, o "diga não às drogas" nunca foi o suficiente para a formação da autonomia juvenil no Brasil. Esse fator sofre influência da falta de dados de nível nacional acerca do consumo de drogas que, segundo o jornal Nexo, apenas estão disponíveis os de 2005 e os de 2015 estão embargados no Ministério da Justiça devido a motivos ideológicos. Tudo isso deixa claro a hipocrisia social e o despreparo a uma criação e orientação do jovem para o mundo atual. Logo, o medo e a repressão em forma de tabus são instaurados dentro das discussões sobre a utilização de drogas lícitas, reduzindo a formação da independência consciente da juventude. Ademais, a falta de habilidades socioemocionais, durante adolescência, é reflexo da complexidade do período. Nele, as bebidas alcoólicas, por terem valores acessíveis e entre outros fatores, são uma das principais drogas para o escapismo social, ao sentimento de euforia e à coquista de prazeres efêmeros. Assim, o trecho de música do Gabriel O Pensador, que diz "droga é aquela substância responsável por tornar a vida, aparentemente, mais agradável", comprova a necessidade de uma nova visão sobre ser psicológico dos indivíduos à compreensão e ao apoio, principalmente, na adolescência. Fica claro, portanto, que o consumo de drogas entre os jovens está entrelaçado ao emocional e ao social deles, sofrendo reflexo de certas hipocrisias da sociedade. Para haver mudanças, o Ministério da Educação com o Ministério da Saúde devem elaborar palestras envolvendo pais, alunos, psicólogos e ex-dependentes químicos para o esclarecimento dos efeitos e motivações do uso de drogas a fim de orientar os jovens de maneira clara e sem tabu, visto que a educação é a base da consciência social. Além disso, terapias em grupo e assistências sociais acessíveis, nas escolas e postos de saúde, são necessárias ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos adolescentes , minimizando o espelhamento dos jovens byronianos na atualidade brasileira.