Título da redação:

Educação e informação: as armas para combater o uso de drogas lícitas entre adolescentes

Tema de redação: Como enfrentar o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes

Redação enviada em 22/07/2018

Na contemporaneidade, um dos grandes problemas que permeia a sociedade é a intensificação do uso de drogas lícitas. Nesse viés, os adolescentes tornam-se protagonistas, haja vista o aumento significativo e progressivo desse grupo ao consumo de substâncias que mesmo sendo legalmente comercializadas, podem causar sérios danos à saúde desses indivíduos que estão em processo de mudanças físicas, sociais e comportamentais. Logo, a falta de efetividade em leis constitucionais e políticas públicas, abrem caminho para a dependência química, dessa forma, resultando em prejuízos que afetaram diretamente e indiretamente todos os brasileiros. Em primeira análise, cabe pontuar que no Brasil segundo um levantamento feito pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicológicas), cerca de 82% dos jovens provam drogas como álcool ou cigarro, antes de completarem a maioridade. Tais dados revela a gravidade da situação no país, visto que os efeitos do consumo nessa faixa etária podem levar a riscos e atitudes de violências físicas e sexuais, sexo desprotegido e conflitos de relacionamentos familiares ou entre amigos. Outrossim, essas substâncias são porta de entrada para outras mais aditivas e ilícitas como o crack e a cocaína, além de causar dependência química, como é o caso da nicotina do fumo, por produzir um efeito de relaxamento e redução do estresse e ansiedade, por outro lado, causando danos irreversíveis ao organismo. Somando a isso, pode-se dizer que os fatores que leva a essa intensificação do consumo de álcool e cigarro entre os jovens é a banalização de seu uso. Um fato que contribui para isso é que no Brasil, os estabelecimentos comerciais não precisam de licença para vender, porém, segundo a Lei Federal n º 806911990, sua venda é proibida para crianças e adolescentes. No entanto, a não efetividade da mesma, relaciona-se a omissão e displicência de órgãos públicos responsáveis em fiscalizar e sanar esse problema social e de saúde. Nesse sentido, é necessário o combate efetivo para minimizar tais impasses, visto que o consumo de drogas mesmo que lícitas por adolescentes, traz malefícios individuais e coletivos. Com isso, é primordial a mobilização conjunta do Poder Público, escolas e sociedade. Sendo assim, os Ministérios da Educação e da Saúde tem papeis fundamentais, no que se refere à conscientização tanto de crianças e adolescentes, assim como de seus familiares, para isso, é preciso programas e políticas de prevenção, com palestras educativas que vise informar, tanto para os alunos como para os pais, os riscos dessas substâncias para o organismo. Além disso, também são imprescindíveis políticas nas esferas tributárias, como o aumento de impostos sobre as bebidas e controle da oferta e acesso. Dessa forma, por meio de uma sociedade participativa e esclarecida, será possível ter um futuro com adultos melhores e conscientes de suas escolhas.