Título da redação:

Do ópio ao tabu

Tema de redação: Como enfrentar o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes

Redação enviada em 26/06/2018

Desde a antiguidade, por meio do ópio, a humanidade conhece os efeitos do uso de drogas. Usada como forma de alivio emocional, físico ou mesmo para fins terapêuticos, tais substâncias, no entanto, apresentam diversas consequências negativas, como a dependência e a retração de habilidades. Nesse sentido, tendo observado o aumento do consumo de drogas lícitas por adolescentes, cabe analisar como amenizar essa problemática social. Em primeiro lugar, é importante salientar a gravidade do uso de drogas lícitas por adolescentes. De acordo com dados da ONU de 2016, a utilização exacerbada de álcool e tabaco mata cerca de 30 vezes mais que o uso de entorpecentes proibidos. Isso significa que as substâncias consideradas legais, por serem mais difundidas, são as mais prejudiciais ao homem. Além disso, consoante o pesquisador do IBGE Marco Andreazzi, são os hábitos juvenis que reverberam na qualidade de vida adulta. Dessa forma, fica evidente a urgência de enfrentar tal prática que, segundo o mesmo instituto, desde 2012 apresenta incrementos significativos. Nesse panorama, destacam-se as fundamentais importâncias da escola e da mídia no combate ao uso de drogas por adolescentes. Isso se deve ao fato de que essas são organizações de ampla penetração na juventude e nas instituições familiares. Sendo assim, cabe à primeira o papel de promover a reflexão sobre o consumo de entorpecentes e suas desvantagens, como o vício e a abertura às drogas mais devastadoras, como o crack. Para isso, entretanto, é preciso que os colégios propiciem, em contraturno às aulas regulares, rodas de conversa com professores de educação física e estudantes a respeito do tema. Outrossim, cabe à mídia divulgar, por meio dos intervalos televisivos, a realidade crescente do uso de drogas precoce , a fito de que as famílias tomem parte desse entrave social e possam orientar de forma mais eficaz seus filhos. Dessa forma, constata-se que, por mais que a utilização de tóxicos seja fato antigo na história da humanidade, o uso cada vez mais prematuro deles apresenta sérios riscos à saúde da população futura. Nesse sentido, revela-se a necessidade de retirar tal assunto dentre os paradigmas sociais e expô-lo de forma crítica e objetiva. Afinal, conforme sugere a filosofia da educação, para que as questões humanas sejam devidamente esclarecidas é imprescindível dirimir os tabus.