Apesar de grande parte da sociedade ainda considerar este hábito como inofensivo, o consumo exagerado de drogas lícitas configura-se como um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. No entanto, tendo em vista o crescente uso de tais substâncias por parte dos adolescentes, a problemática torna-se ainda mais preocupante, exigindo das autoridades medidas urgentes a fim de evitar futuras consequências à sociedade. Historicamente, a separação entre adultos e não adultos quanto ao consumo de entorpecentes é bastante recente, diversas culturas antigas tratavam-o com certo misticismo, não havendo indícios de restrição de idade. Foi somente com o advento de pesquisas científicas mais direcionadas a esse assunto, por volta de meados do século passado, que se evidenciou o maior impacto de substâncias como o álcool ao organismo dos mais jovens. Nos dias atuais, até mesmo o senso comum já aparenta ter certa consciência a respeito dessas restrições fisiológicas, portanto gera dúvidas o constante aumento do consumo dessas drogas pelos adolescentes. No entanto, algumas análises sociológicas mostram-se esclarecedoras. As pessoas geralmente não pensam que vender ou oferecer esses entorpecentes aos jovens vai gerar problemas. É - porém - nesse ponto que a questão surge, a dependência química apresenta um efeito cumulativo não só individual, mas também coletivo. Ou seja, consequências certamente vão aparecer, e muitas vezes em um contexto amplo. Dessa forma, medidas para amenizar a questão passam obrigatoriamente por dois agentes, as autoridades estatais e a sociedade como um todo. Primeiramente, cabe ao Estado garantir que, por meio da comercialização, drogas lícitas não sejam acessíveis para os adolescentes, já que, apesar da existência de legislação específica a esse tema, a pouca fiscalização impede o cumprimento efetivo da lei. Em segundo lugar, é preciso que os maiores de idade tenham melhor noção de sua responsabilidade social quanto a essa problemática. Para isso, além de não oferecer as drogas aos adolescentes, é prudente promover, por meio do diálogo e do exemplo, o desestímulo ao consumo dessas substâncias.