Conforme o ideário lamarckista, o ambiente determina e modifica o ser. Trazendo essa teoria para uma visão mais sociológica no contexto da problemática que é a liberação do porte de arma, percebe-se que são necessárias ações de intervenção no meio, com intuito de mudar o indivíduo. Logo, a combinação da falta de cultura de proteção e o Estatuto do Desarmamento são os principais alvos, dado que contribuem de forma significativa para situação atual. Os Estados Unidos da América, desde antes da sua primeira e única Constituição, possuem a cultura de que o homem é capaz de proteger sua própria vida e terra. Entretanto, no Brasil, essa proteção sempre esteve atrelada a uma autoridade, na maioria das vezes, o Estado, que se mostra incapaz de proteger até mesmo os seus funcionários públicos ou representantes, prova disso foi o assassinato da vereadora Marielle Franco. Ademais, o Estatuto do Desarmamento é outro grande desafio, já que criou-se uma ideia de que a arma é responsável pelas altas taxas de violência no país tupiniquim, entretanto países como a Suíça tem uma das maiores taxas de armas por habitante e é um dos 10 lugares mais seguros do mundo. Sendo assim, essa lei brasileira trouxe uma dependência institucionalizada do Estado, pois o cidadão inocente fica desprotegido. Desse modo, torna-se realmente inviável a mudança do ambiente no fito de alterar o ser. Fica evidente, portanto, a importância do Poder Legislativo cancelar o Estatuto do Desarmamento e, após consultar seus representados, aprovar leis de porte de armas por meio de votação e consulta popular, no objetivo de proteger o cidadão brasileiro. É mister o Ministério das Comunicações criar uma cartilha que demostre os pontos positivos de ter uma arma, na intenção de fomentar a cultura do armamento civil. Só assim será possível driblar os desafios da liberação do porte de arma.