Atualmente discute-se muito sobre a liberação do porte de armas de fogo no Brasil, o que era uma realidade no país até 2003, ou seja, era comum ir a shoppings, bares, festas e parques armado. Ao armar a população tinha-se como objetivo fazer frente à bandidagem e salvar vidas. Ainda que o propósito do armamento tenha sido apenas teórico, cerca de 44% da população defende o porte de armas, tendo como justificativa o déficit no sistema policial civil brasileiro. Daniel Cerqueira, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), afirma que a maior parte dos homicídios são praticados pelo cidadão do bem, defensor dos bons costumes e da família, em momentos de estresse repentino como brigas de trânsito, trabalho e até mesmo familiar. Dessa forma exemplificando, novamente, que o armamento da população não salva vidas. Ademais com a legalização do porte de armas, crianças e adolescentes ficarão cada vez mais expostos a esse tipo de violência, dando cada vez mais possibilidade para acidentes como o da garota d 10 anos que se matou com a arma do pai. Outro exemplo de mau uso de armas de fogo é o massacre de Suzano em que dois jovens invadiram a escola e um deles estava armado, deixando 8 vítimas. Casos como esses evidenciam o quão frágil e despreparado está o psicológico da população para ser armada. Conclui-se, portanto, que deve-se manter suspenso o porte de armas de fogo a todos cidadãos e para isso é necessário que o Governo Federal juntamente com o Ministério da Justiça mostrem a população que o armamento não é a melhor opção, conscientizando-os por meio de campanhas com dados e frases de efeito como ‘quanto mais armas, mais mortos”, que seriam veiculadas na televisão, rádio e internet para atingir todos os públicos convencendo-os de que armas não salvam.