No seriado “Todo Mundo Odeia o Chris” um dos episódios aborda a ideia em que o pai compra armas para os membros da família, demonstrando que qualquer situação que os irritassem, eles buscariam explicações por meio do uso de armas. Fora da ficção, há uma verossimilhança no mundo real, uma vez havendo aprovação quanto à liberação do porte de armas, as pessoas podem fazer uso incorreto dessa ferramenta como meio de defesa pessoal. Nesse sentido, se faz necessário uma observação aprofundada sobre o problema. Inicialmente, é válido ressaltar que, o pedido de sanção do uso de armas não mudaria em nada visto que, a violência e a injustiça social imperam em vários setores dentro da sociedade. No século XXI, a sociedade está cercada de violência urbana e mortes, um fator que reflete na atual falta de segurança no âmbito social, em virtude do alto grau de marginalidade dentro do próprio grupo comunicativo. Nesse contexto, para Jean-Paul “A violência faz-se passar sempre por uma contra-violência, quer dizer, por uma resposta à violência alheia” podendo ser comprovado no que se retratam os recursos jornalísticos em que, milhares de policiais morrem durante as operações contra bandidos, mesmo sendo profissionais habilidosos, não garante e nem previne uma vida. Além disso, a falta de segurança acarreta a necessidade de legítima defesa contra a violência, contudo a compra de armas de fogo traria um aumento no número de índice de assassinatos. Diante disso, para João Paulo ll “A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano”. Seguindo a linha do pensamento, tentar revidar qualquer ação que traga risco a sua vida ou a vida de outras pessoas fará com que mortes banais sejam vistas constantemente nos trânsitos, restaurantes, cinemas e até mesmos nas casas dos próprios indivíduos defensores da legalização das armas. Dessa maneira, a disponibilização dessa ferramenta não garantirá proteção, tendo em vista que bandidos lutam e enfrentam policiais todos os dias, logo, eles não terão receio de um cidadão armado. Fica evidente, portanto que a liberação do porte de arma será um retrocesso para a sociedade. Em suma, faz-se necessário que o Ministério da Segurança Pública junto com o governo reflita sobre os prós e contras da legalização do porte de armas tendo em vista os índices de armas de fogo tanto em ambientes familiares e sociais. Uma maneira eficaz seria um maior investimento na segurança pública nas saídas de universidades, escolas e trabalhos para que haja segurança entre os cidadãos.