Desde 1980, o Brasil vive uma repercutida discussão sobre a liberação ou proibição do porte de armas. Em 2005, foi implantado o estatuto do desarmamento, que teve como objetivo principal a diminuição das taxas de homicídios por armas de fogo, porém, os índices de violência só vêm crescendo em nosso país. Por outro lado, com a liberação da arma de fogo enfrentaremos outros desafios, principalmente, no que se diz respeito ao comportamento social e as falhas de fiscalização dos portes ilegais de armas. Em primeiro lugar, no que se diz respeito ao comportamento social da nossa população. Essa correlação encontra fundamento no fato de que o Brasil sempre recebeu fortes influências de outros países, como dos Estados Unidos. Isso é notório em nosso sistema capitalista, democrático e até mesmo na forma de se vestir, o que gera graves consequências, já que esse país em curto prazo vem divulgando casos alarmantes, utilizando às armas de fogo; como aconteceu em Washington, em que um aluno rebelde disparou dentro de sua escola e, em seguida, se matou. Dessa forma, seria necessário um grande acompanhamento psicológico da nossa população brasileira. Ademais, as falhas de fiscalização dos portes ilegais é um importante tópico fomentador desse problema. Essa conjuntura valida-se no fato de que nosso país tem um alto índice de tráfico de armas; segundo dados levantados pelo Ministério da Justiça (MJ) no início da década de 2010 revelaram que mais da metade das armas de fogo que circulam no país é ilegal e oriunda do tráfico. Nessa perspectiva, com a liberação do porte de armas muito casos de portes ilegais poderiam passar imperceptíveis pela fiscalização, já que pessoas do bem e do mal iriam compartilhar de uma mesma ferramenta. Infere-se que o comportamento social e as falhas de fiscalização dos portes ilegais são, portanto, importantes vetores da problemática. Para desconstruir esse panorama, é imperativo que o Governo antes de promover à um indivíduo a arma de fogo, é necessário que ele passe por testes psicológicos e informacionais, em que verifique se tal pessoa se encontra capacitado para tal compromisso, além de informá-lo das possíveis consequências, dentro de cada situação, quando utilizar-se de sua arma; tendo também um reencontro, a cada ano, com profissionais que se certifiquem se tal indivíduo permanece confiável para continuar com tal ferramenta, além de que cada arma terá uma identificação própria para que as falhas da fiscalização diminua cada vez mais.