O pensamento de Thomas Hobbes, expressado na frase “o homem é o lobo do homem”, consiste em transcorrer que o ser humano é capaz de grandes atrocidades contra a sua própria espécie. Disto posto, essa visão tangencia à duas situações díspares: por um lado, se o homem é capaz de tais ações, a posse de armas se tornaria um maior perigo caso disponibilizadas à todos; por outro lado, estas, se concentradas nas mãos de pequenos grupos, fazem com que a população se torne refém. O índice de homicídios nas cidades brasileiras tem se elevado. Em 2017, o Brasil ocupava o 11º lugar entre os países mais violentos do mundo, segundo a revista Veja. A sociedade encontra-se em meio a um “Estado do medo”, como a alusão feita na canção do músico brasileiro Marcelo Falcão, “as grades do condomínio são para trazer proteção”, que expõe as circunstâncias privativas em que a população vive por decorrência da falta de segurança. Sabendo disso, a legalização do porte de armas seria uma maneira de garantir aos cidadãos brasileiros o direito de se defender, consequentemente, a possível diminuição do medo nas cidades e a possibilidade de uma maior liberdade à população de bem. Em contraposição, tal medida pode ser influenciada de maneira negativa, com o possível aumento dos casos de homicídio e suicídio. Dessa maneira, a legalização irá adquirir um valor benéfico à sociedade, desde que feita de maneira ponderada. Para que sejam liberadas as armas é necessário o acompanhamento psicológico dos portadores e o treinamento de tiro feito pela polícia federal. Caso a pessoa que dispõe do armamento descumpra algum dos requisitos para o porte, esta deve ter sua arma confiscada e uma multa paga ao Estado. Afinal, se o Estado não consegue garantir a segurança do cidadão de bem, por que privá-lo de se defender?