Segundo o 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, uma pessoa é assassinada, no país, a cada nove minutos. Apesar das taxas estarem em constante ascensão há representantes contra o desarmamento civil propondo a alteração do Estatuto do Desarmamento de 2003, com isso inicia-se uma discussão complexa e contraditória já que esperar-se a paz liberando armas aos cidadãos. No filme Uma Noite de Crime, há um dia do ano em que as pessoas possuem doze horas sem lei. Nesse caso, podem cometer qualquer crime sem ser julgado, de modo análogo ao estado de natureza de Hobbes, na qual há uma guerra de todos contra todos. Portanto, ao se liberar o porte de armas, provavelmente, a violência irá aumentar, porque possuir armamento não significa proteção. Uma vez que a polícia brasileira, apesar de possuir licença de porte, ainda são alvos de homicídios. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança, a polícia brasileira é uma das que mais morre no mundo. Além disso, massacres em escolas, como o ocorrido em Realengo e Goiânia corroboram a periculosidade de se portar uma arma de fogo, em que estas foram usadas não para se defender, mas para ferir outros inocentes. Nessa perspectiva, é valido analisar que um há um grupo específico de vítimas, conforme o Mapa da Violência, que são homens jovens e negros. Por conseguinte, a liberação do porte não trará segurança, porém mais homicídios. Deve-se preocupar em investir em educação, pois essa sim pode mudar a realidade das pessoas, de uma forma bem melhor. Em vista disso, é primordial que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com as polícias Federal e Militar, devem buscar investimentos para a realização de ações nos focos de violência, combatendo o tráfico de armas por meio da ampliação e capacitação dos policiais presentes. Ademais, investir em tecnologias de rastreamento das armas, para facilitar a apreensão e impedir que criminosos tenham acesso a estas. Assim, espera-se que seja amenizado uma das principais causas de violência, o uso de arma de fogo.