Título da redação:

O preço da falta de liberdade

Tema de redação: Como driblar os desafios da liberação do porte de arma

Redação enviada em 14/01/2018

Em discussões relativas à liberação do porte de armas, é comum dizer que as baixas taxas de criminalidade em países como os EUA, Suíça e Finlândia, estão relacionadas ao fato de serem países desenvolvidos, e não são parâmetro para comparações com o Brasil. No entanto, o Paraguai é o maior exemplo de que é possível, até em países subdesenvolvidos, frear a criminalidade ao mesmo tempo em que se arma a população. Segundo a ONU, o Paraguai tem um IDH de 0,676, considerado médio, e possui a terceira menor taxa de homicídios da América do Sul, atrás de Chile e Uruguai (país que possui a maior taxa de armamento civil da América Latina). É importante destacar que a taxa seria consideravelmente menor se o país não fosse vizinho do Brasil, já que, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), é na fronteira que a criminalidade explode. A análise desses dados enterra a ideia de que o desenvolvimento humano seja fator decisivo para a redução da criminalidade. Em seu 11º anuário, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública publicou que, em 2016, o país registrou o maior número de assassinatos desde a criação do Estatuto de Desarmamento. O diretor-presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima, diz que “É como se o Brasil sofresse um ataque de bomba atômica por ano. [...] Não é possível aceitar que a sociedade conviva com esse nível de violência letal.”. É perceptível que o princípio do desarmamento civil, de abrir mão da liberdade para ter segurança, falhou miseravelmente. A liberação da posse de armas se torna cada vez mais óbvia e urgente conforme a análise de dados recentes. A comparação com um país vizinho, o Paraguai, mostra que é decididamente possível diminuir a criminalidade com o armamento da população. No entanto, é necessário combater o crime. Deve-se investir na polícia para mantê-la motivada, e criar uma força-tarefa que tenha o objetivo de cumprir mandados de prisão. Dessa maneira, tornar a redução da criminalidade uma consequência inevitável.