A preocupação com a liberação do porte de arma está presente na contemporaneidade. Considerando esse contexto, podem ser discutidos a alta restrição sobre quem pode ter o direito ao porte de armas e o elevadíssimo número de mortes por armas de fogo no Brasil. Pode-se, então, avaliar o quão relevante é esse assunto para a sociedade. Primordialmente, é preciso analisar a restrição sobre quem pode ter o direito de portar armas, visto que, após o Estatuto do Desarmamento, somente as forças policiais e alguns outros casos específicos têm o direito de portar armas de fogo no território brasileiro. Sabendo disso, pode-se perceber que mesmo com as restrições do Estatuto do Desarmamento, a população brasileira continua se sentindo insegura. Evidencia-se, então, que as armas de fogo legalizadas não são as principais causas de insegurança no Brasil, mas sim as armas ilegais. Além disso, faz-se necessário atentar para o exagerado número de mortes por armas de fogo no Brasil. Isso porque, segundo levantamento do Mapa da Violência de 2016, em 2014 houve um total de 44 mil homicídios por armas de fogo, sendo que grande parte desses homicídios são causados por armas em situação irregular, como numerações raspadas ou uso de calibres proibidos. Esses dados comprovam que os verdadeiros responsáveis por esses homicídios são os criminosos que facilmente tem acesso às armas de fogo ilegais. Por conseguinte, são necessárias novas ações para a resolução desses problemas. O Governo Federal deve aumentar o número de policiais que trabalham nas fronteiras, por meio de novos concursos públicos da Polícia Federal, a fim de intensificar as patrulhas ostensivas das fronteiras do território brasileiro. Impedindo, assim, a entrada de armas ilegais contrabandeadas e, consequentemente, reduzindo o número de homicídios cometidos por armas de fogo.