Em 2005, quando houve o referendo sobre o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento, relacionado à proibição da comercialização de armas de fogo, a população decidiu por não vetar esta prática em todo o território nacional. De lá pra cá, as ações do governo de diminuir o número de homicídios e mortes acidentais por arma de fogo não foram eficazes. Os dados mostram que esta problemática não tende a regredir em números e, em meio a tudo isto, há discussões no congresso nacional visando a desburocratização para a posse de armas ao cidadão comum. A população carece de segurança pública e vê em discursos a favor do seu armamento como uma “luz no fim do túnel”, como aquilo que vai lhe trazer total segurança quando a responsabilidade seria totalmente do Estado. Hodiernamente vê-se um governo derrotado e que não conseguiu impor políticas públicas de fiscalização e controle de fronteiras a fim de que armamento ilegal chegasse à mão de pessoas mal intencionadas e criminosas. Ao que parece, falta vontade do poder público em discutir um problemática maior que é o da educação dos nossos jovens, adolescentes e crianças. A solução para a violência não deve ser discutida somente no âmbito armamentista, mas sim, concomitantemente de como pode-se reduzi-la a longo prazo através da melhoria das escolas, na qualidade dos materiais didáticos e uma boa remuneração dos professores. Portanto, analisando todos esses pontos, pode-se chegar à conclusão de que é importantíssimo discutir se o cidadão comum pode se armar ou não, com mais ou menos burocracia, porém, o mais importante é o governo federal, através dos poderes executivo e legislativo, convocarem as autoridades para que ponham em prática ações simultâneas de educação massiva da população para que os números alarmantes de violência caia, a médio e longo prazo, ao patamar próximo de zero a exemplo de países mais desenvolvidos.