Não é de hoje a discussão acerca da legalização do porte de armas no país: desde o século XX, com a emergência dos grandes conflitos mundiais (Primeira e Segunda Guerra Mundial), o tema é colocado em xeque com o argumento de que com sua roboração, a proteção pessoal dos indivíduos seria mais efetiva. Porém cabe à coletividade social sondar os efeitos deste ato, uma vez que serão gerados corolários se leis que corroboram com o proposto forem promulgadas. Ao analisar países como a Alemanha, que possui baixos índices de homicídios, a quantidade de armas por cem mil habitantes (30) é de quase quatro vezes a do Brasil (8), que possui altos índices deste tipo de crime. Isso gera a reflexão de que a legalização do porte de armas ampliaria a proteção pessoal dos indivíduos, uma vez que, com a realização do proposto, a população teria a sensação de uma "maior proteção". Porém, em um país como o nosso, em que a educação é precária e os crimes passionais exorbitantes, não se pode incumbir aos cidadãos esta responsabilidade, tendo em vista que isto requer uma maturidade social que a população, em sua maioria, não possui - podendo gerar efeitos contrários aos esperados. Como dito por Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele. Sendo assim, e em virtude os fatos mencionados, pode-se afirmar que ,para dirimir este empecilho, é imprescindível que as instituições públicas, em especial o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Polícia Civil, cooperem por meio de maiores investimentos na segurança pública do país e, também, na realização de campanhas de conscientização e debates acerca das atribulações que a legalização do porte de armas pode acarretar. Torna-se necessário, ainda, a assistência do Ministério da Educação por meio promoção de maior visibilidade do temas nas instituições de ensino, por meio de palestras e discussões, de modo a salientar acerca dos perigos que o armamento pessoal pode causar.