Título da redação:

A legítima defesa e a violência.

Tema de redação: Como driblar os desafios da liberação do porte de arma

Redação enviada em 21/02/2018

Muito se debate sobre um tema tão dividido como a liberação do porte de armas e a possível relação com a alta taxa de mortes por arma de fogo no Brasil. Por isso, é importante analisar as principais opiniões de quem é contra ou a favor do porte de armas. Alguns argumentam que o porte de armas é fundamental para a liberdade individual e legítima defesa e importante diante da segurança pública precária. Um dos especialistas da área contra o desarmamento, Benê Barbosa, destaca que nos Estados Unidos a violência caiu frente ao aumento da venda de armas de fogo. No Brasil, os estados mais violentos são os que possuem menos armas. Por esse ponto de vista, pode-se alegar que as armas são fundamentais para o cidadão comum frente à violência e ao descaso da segurança pública. Outros, por outro lado, defendem a ideia de que as armas não trazem segurança ao cidadão comum e alega a importância do Estatuto do Desarmamento para a sociedade. O economista Daniel Cerqueira concluiu em seus estudos que cada aumento percentual de armas de fogo resulta em 2% do número de vítimas. Apesar do aumento das já alarmantes taxas de homicídio ao ano, o Estatuto do Desarmamento fez desacelerar esse aumento. Portanto, para esse viés, o desarmamento tem um efeito civilizatório. Por tudo isso, pode-se admitir que os dois principais lados opostos da questão têm sua contribuição, mas estão parcialmente certos. O direito a legítima defesa é fundamental, mas o foco da violência não tem que ser o porte de armas, mas a redução da pobreza, a solidez das instituições e o império da lei.