Com a chegada do século XXI, a liberdade humana para questionar e transformar o mundo parece ter alcançado seu ápice. De modo que lutar pelas coisas que valem a pena é simplesmente uma opção. Todavia, mesmo com toda essa facilidade, por vários motivos, as pessoas continuam acomodadas e voltadas apenas para seus problemas pessoais. O primeiro motivo que leva a isso é o alto desenvolvimento do capitalismo neoliberal. Assim, o egoísmo e o desejo de crescimento individual são quase irresistíveis. De modo que se Jesus viesse à terra nos dias de hoje com um discurso de ajudar aos mais pobres e repartir a riqueza, certamente seria chamado de comunista e "esquerdopata". Além disso, há também a questão ambiental, Todos sabem que caso o ritmo de desmatamento, poluição e emissão de gases tóxicos continuar a crescer, logo a vida no planeta se tornará insustentável. Entretanto, mesmo sabendo disso, com exceção a algumas ONG's, poucos ligam para a questão ecológica. Assim, retornamos à questão do lucro. Enquanto destruir o planeta gerar dinheiro, isso continuará a ser feito. Por fim, vem a questão da educação. Mesmo sendo uma das maiores economias do mundo, o Brasil possui uma educação comparável à de países pobres. Isso só é assim porque não existem pessoas suficientemente dispostas a lutar por melhorias nessa área, pois como já foi mencionado, dinheiro para isso não alta. Oras, se países como Israel e Polônia, que têm uma economia bem menor que a do Brasil, têm uma educação tão boa, por que o Brasil não conseguiria o mesmo? Desse modo, percebe-se que existem várias coisas pelas quais vale a pena lutar, porém, a disposição da sociedade para lutar é pouca. Talvez, um primeiro passo para despertar esse interesse na população seja estimular ONG's a visitar escolas e apresentar seu trabalho para os jovens. Assim, com o conhecimento da existência dessas organizações, possivelmente, teremos no futuro, cidadãos mais interessados em questões sociais.