A classe social constitui um elemento fundamental para o estudo das disparidades populacionais que regem as leis da humanidade. O fato é que ela nem sempre existiu, apensas, depois de sua singela origem, foi massificada com o advento do capitalismo em consonância com a Revolução Industrial. Primeiramente, segundo Pepe Mujica, "negar a luta de classes é negar a realidade", logo não cabe a nós fingir que ela não existe. E sim, reformular conceitos que estipulem sua máxima redução. O fato é que se existe acentuadas revoltas contra as classes dominantes, é porque a homogeneização foi rompida. E talvez o maior posicionamento de uma nação não signifique enriquecer rigorosamente seus cofres, mas apaziguar conflitos que mais tarde se tornariam incontroláveis; portanto, além de equilibrar as classes restauraria o papel econômico de cada uma. A luta de classes pode ser definida como motor do desenvolvimento social, e todos os fatores deslocados pela desigualdade, tais como: a pobreza, miséria, fome, baixos salários, disparidades econômicas, concentração de renda e muitos outros deveriam, de uma forma ou de outra, ser contidos. Logo, pacificamente abordamos que a luta de classes não veio impregnada na formação humana, portanto se houve início, podemos finalizá-la. Para isso, torna-se fundamental a atuação do Estado, rompendo práticas e doutrinas tendenciosas; a promoção de uma reforma ideológica nas mídias, conscientizando o povo brasileiro, além da realização de campanhas embasadas na homogeneização dos princípios cidadãos. E assim, nas palavras da célebre Clarice Lispector, " reproduzir o irreproduzível", e "sentir até o último fim um sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador".