Título da redação:

O grande irmão e as diferenças sociais

Tema de redação: Classe social: a estrutura para a estabilidade econômica e política de um país.

Redação enviada em 17/09/2015

Historicamente, as diferenças entre as classes sociais foram motivos de diversas revoluções, tais como: a Revolução Francesa, no século XVIII, quando a burguesia tomou para si o poder dos nobres ou a Revolução Gloriosa ocorrida na Inglaterra, no século XVII, quando o parlamento burguês submeteu o rei ao seu jugo. Dessa maneira, é possível observar que uma classe social sempre se sobrepôs as outras, de forma a impor suas vontades e oprimir as classes restantes. Assim, é preciso estabelecer medidas que impeçam a dominação opressiva e abusiva de uma única classe social em relação às demais. A priori, é preciso analisar que a divisão da sociedade em classes é um fator que gera a hierarquização dessas, além de agravar as diferenças socioeconômicas. Prova disso é que, segundo Max Weber, a posição das pessoas nas diferentes classes depende de três fatores: poder, prestígio e riqueza – sendo que esse último, numa sociedade capitalista, gera, por consequência, os outros dois atributos. Nessa perspectiva, a sociedade capitalista caminha, cada vez mais, no sentido de concentração da riqueza, consequentemente agravando as desigualdades socioeconômicas, num mundo em que as 50 pessoas mais ricas possuem renda equivalente a um quarto da população mundial com menor poder aquisitivo. Por outro lado, enquanto Karl Marx defendia a ideia de que a igualdade socioeconômica seria alcançada através da “luta entre classes”, os anarquistas defendem a supressão total do poder, como forma de evitar os abusos e a opressão. Assim, teorias de esquerda preconizam uma igualdade socioeconômica que não foi vista nem mesmo em tribos indígenas, nas quais as diferenças sociais ocorrem por meio da hierarquia, já que essas possuem, majoritariamente, um líder. Fica claro, portanto, que as diferenças socioeconômicas são fatores que geram as diferentes classes, num ciclo vicioso que intensifica a concentração de riquezas, sendo a classe dominante a detentora do poder político-econômico, como bem expôs George Orwell em seu livro 1984. Dessa forma, cabe aos centros educativos, tais como escolas e universidades, orientarem as pessoas pertencentes às classes sociais oprimidas a reivindicarem melhores condições de vida, por meio de protestos, para que muitos governos vigentes saiam do estado de inércia em que se encontram em relação às políticas públicas. Por fim, cabe às ONGs utilizar a mídia – meio formador de opinião – para incentivar a população a usufruir dos direitos civis. Só assim caminharemos no sentido de uma sociedade mais igualitária politica e economicamente, como preconiza um dos ideais da Revolução Francesa.