Não existe uma definição adequada de classe social. Porém, de acordo com a tese de Karl Marx, sociólogo renomado, existe uma constante luta entre elas e este conflito apenas será resolvido com a extinção dessas. A fala de Marx exemplifica, nitidamente, a atual situação político-social brasileira, apesar de ter sido escrita há séculos. Infelizmente, no Brasil, existe uma grande rivalidade entre as classes sociais abastadas e as menos favorecidas, que reflete econômica e politicamente. Segundo dados divulgados pelo site do G1, a nova classe média brasileira engloba cerca de 50% da população. Durante a obtenção desses dados, foram considerados os critérios de renda, sendo a mínima de aproximadamente 250 reais e a máxima de 1000, para pertencer a essa classe. Contudo, essa nova configuração desagrada à classe A, classe dos mais ricos, que se sente roubada por ter que pagar impostos para ajudar nos programas de auxilio social. Entretanto, o governo de um país deve trabalhar com um conceito de igualdade, e, portanto, deve ajudar os menos favorecidos, tornando essa insatisfação desprovida de veracidade. Ainda assim, a concentração de renda brasileira não diminuiu nos últimos anos, provando que essas medidas estão longe de serem ideais. A luta entre as classes sociais brasileiras também se reflete no cenário político. Existe uma clara divisão entre os partidos proletariados e os partidos burgueses, algo que não deveria existir. De acordo com a teoria Marxista, o estado deveria ser um conjunto unitário, matematicamente falando, ser uniforme e ideal para todos, independendo das ideologias políticas de cada indivíduo. Porém, o Brasil ainda é um país conservador e, devido a isso, possui grande resistência a implantação de tal ideia. O povo brasileiro está acostumado com a atual divisão de classes atual, e a nova configuração que vem se estruturando assusta a burguesia conservadora, que tem medo de perder o poder que possui. Tendo em vista a atual concentração de renda e desuniformidade do cenário político brasileiro, são necessárias algumas medidas. A mídia deverá investir em campanhas que ensinem às pessoas sobre a necessidade de um governo que trate todas as classes de forma igualitária, de modo a extinguir o bipolarismo esquerda/direita na política nacional. O próximo governo deverá investir em programas de desconcentração de renda, de modo a diminuir a distância social entre uma classe e outra, garantindo assim uma melhora na qualidade de vida do proletariado. As escolas deverão ensinar sobre igualdade para as crianças e adolescentes por meio de palestras, de modo a criar futuros cidadãos conscientes. Assim, o Brasil, finalmente, irá se tornar um país com menor desigualdade, e prosperará ainda mais.