Para Marx,a organização econômica é a base da sociedade, juntamente com as relações de produção. Estas características, ao serem relacionadas com o capitalismo e sua lógica de relações com poderio, ilustram a ascensão de uma minoria e a subserviência econômica e social da grande maioria, caracterizando a desigualdade. A divergência entre patrão e trabalhador se concentra tanto em suas próprias relações empregacionais, caracterizadas pelo lucro sob a exploração exacerbada da mão-de-obra e a negligência de certos direitos trabalhistas; como principalmente no âmbito social de maneira ampliada, uma vez que, seus papeis como atores sociais são distintos. Por um lado, a classe trabalhadora como um todo é a que sustenta a economia de uma nação, já que, por estar diretamente ligada aos processos produtivos e, os lucros serem dependentes da venda de tais, fica evidente sua importância. Por outro lado, boa parte da população trabalhadora não possui salários condizentes com suas necessidades, uma consequência advinda do sistema capitalista vigente e da má gestão empresarial. A camada que detém o capital, no entanto, permanece intacta e fortalecida com seus laços econômicos entre empresas e até mesmo com o próprio Estado. A concentração de renda e poderio nessa camada, dificulta e até mesmo impossibilita a movimentação das classes inferiores em sua abrupta busca por uma melhoria de vida, uma vez que, formadas "oligarquias empresariais", tais não permitiriam sua ruptura em prol do beneficiamento de seus subjugados. Em síntese, por mais complexa que seja a relação entre as classes dominantes e as classes dominadas, o controle se faz necessário. O incremento e o cumprimento dos direitos trabalhistas, aliados ao aumento do salário mínimo podem trazer uma melhora a curto prazo. Ademais, a criação de mais escolas e cursos profissionalizantes de qualidade, impulsionarão os currículos e trarão uma tranquilidade econômica para a população crescer de maneira menos desigual.