“A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes” – Karl Marx. Embora o autor da frase tenha vivido em outra época, suas palavras, infelizmente, ainda retratam a realidade contemporânea de muitas nações: existe a classe dos que possuem dinheiro e poder, e há as classes dos que têm pouco, ou até mesmo nenhum poder aquisitivo. Essa distinção econômica e social entre as pessoas é sem dúvidas, uma grave doença na sociedade, uma pandemia que necessita ser combatida. Temos como exemplo a sociedade brasileira, segregada entre classes (A, B, C, D e E) onde apenas uma minoria do seu povo faz parte das classes mais elevadas, com acesso à alimentação de qualidade, moradia, saúde e principalmente educação. No entanto, ao analisarmos os demais países capitalistas, é fácil perceber que muitos deles possuem exatamente os mesmos conflitos econômicos e sociais enfrentados pelas suas populações mais carentes. Tudo isso não é coincidência, é uma evidência de que o causador dessa doença social é o capitalismo. Em busca do lucro e ascensão pessoal, o ser humano torna-se egocêntrico e deixa de lado o seu “lado humano”. Embora sejamos todos da mesma espécie, somos treinados desde pequenos pela mídia e entidades capitalistas para associarmos à felicidade ao acumulo de riquezas materiais e status. Nota-se que até mesmo nação mais rica do mundo os cidadãos estão divididos em classes e cada vez mais egoístas, fato que é facilmente evidenciado, quando percebe-se que se passar por um mendigo na rua e não se preocupar em ajuda-lo, já se tornara rotina. Infelizmente, no mundo em que o capital é prioridade as pessoas são escravas do tempo e do dinheiro, e dão mais valor em sua própria ascensão de classe C para B, de B para A do que em ajudar a transformar a vida de outro alguém. Com tudo isso, fica claro eu a sociedade necessita de um Estado que as guie – desde pequenas - com o olhar humanitário e não econômico. Para isso acontecer, é necessária a extinção de classes sociais, o homem não pode mais ser vítima do capitalismo, os governos devem intervir no sistema. As mídias devem ser regulamentadas, para assegurar que não haja exageros em propagandas que incentivam apenas o consumismo, e devem ser implantadas propagandas governamentais que façam incentivos a ajudar a sociedade e ao próximo. Escolas devem ser todas gratuitas e de qualidade. E por último, mas não menos importante, para que tudo isso seja implantado sem que o país entre em colapso, é necessário que o governo seja o dono dos meios de produção, retirando-os de milionários e distribuindo de maneira homogênea todo o lucro, que alcançado com a mão de obra do povo, seja destinado ao próprio povo.