Graças a algumas mudanças positivas na economia, muitos brasileiros entraram para a classe média nos últimos anos. Com isso, eles se tornaram alvos para o mercado, que almeja aumentar seus lucros. Porém, ao olhar o índice de Gini do Brasil, ainda é visível a grande concentração de renda no país. Em 2014, com os "rolezinhos", a cultura segregativa das classes mais altas da sociedade fez-se notar. Por causa de um ideal de superioridade perante os menos favorecidos, os abastados desejam privilégios como ambientes exclusivos. E, para piorar a situação, o governo não demonstra grande interesse em promover a ascensão econômica das classes populares. Deste modo, são visíveis os reflexos sociais dessa divisão. Ao não dar a devida atenção às classes baixas, a mão de obra nacional se torna obsoleta. Além disso, com menor poder de compra, há um baixo fluxo de capital, que prejudica a economia. Isso sem falar no aumento da criminalidade advindo da falta de oportunidades. Por último, é preciso citar o problema político que vem com a desigualdade socioeconômica. Segundo o escritos Jorge Luis Borges, a democracia é um erro estatístico, porque nela a decisão é da maioria, que é formada por desinformados. Ou seja, a política brasileira fica à mercê de políticos corruptos. Portanto, medidas concretas são necessárias. O estado deve investir em melhor infraestrutura escolar e em melhores condições de trabalho para os professores. Além disso, ONGs e mídia precisam se unir e, através de projetos sociais e campanhas criativas, reduzir o abismo mental e cultural entre as classes.