A existência de classes, estamentos na sociedade implica necessariamente no estabelecimento de desigualdes sociais. A história do mundo é a história da luta de classes, a oposição entre dominante e dominado, já dizia Marx e Engels ainda no século XIX. E a situação não mudou até a atualidade. É até "conveniente", politicamente, a existência de setores marginalizados na sociedade. Um eleitorado mais fácil de ser conquistado e alienado e fazer funcionar as engrenagens de um estado capitalista, contribuindo para sua própria estabilidade. Um claro exemplo disso, a discrepância entre ricos e pobres, está no nordeste do Brasil. Terra fértil de eleitores esperançosos por mudanças, mas que sofrem com a seca há décadas. Seca esta que não é problema para latifundiários com suas plantações irrigadas, mas que assola o pequeno proprietário, mata o gado e o povo de fome. Essa é a estabilidade econômica e politica atingida através da própria existência das classes sociais, mas que no entanto só existem em beneficio dos dominantes. Condomínios luxuosos e favelas lado a lado, educação pública precária, estado elitizado e cheio de burocracia. Tais fatores, entre outros, estabelecem relações de poder que movem o mundo atual e o salva de mudanças em favor do setor miserável da sociedade. A sociedade contemporânea, portanto, constrói suas fundações nas relações de poder entre classes dominante e seus dominados. Essa disparidade social existe há séculos. Entretanto estaria fadada a desaparecer com o despertar da consciência crítica dos trabalhadores, dos pequenos agricultores do Nordeste brasileiro, dos membros das favelas. "A história de todas as sociedades até hoje é a história da luta de classes".