A Idade Média tinha sua pirâmide econômica e política duramente definida, a qual contava com a aristocracia sendo sustentada pelos trabalhadores da base. Esta ideia, embora distante cronologicamente da contemporaneidade, aproxima-se da realidade social atual, uma vez que o modelo estamental continua implicitamente estabelecido e a grande massa continua a ser explorada e sobretudo, influenciada. Tal influência ocorre, principalmente, pela publicidade. A estimulação do consumo desenfreado tornou-se muito mais do que uma consequência capitalista, é sinal de identidade. O poder de compra define como o homem será visto em um meio, quais lugares poderá frequentar e se terá privilégios. Valores como caráter e honestidade foram sobrepostos por cifras presentes em um extrato bancário. Nesse contexto, o indivíduo se vê dependente do dinheiro cada vez mais, o que favorece casos de desvios de conduta. Atos como corrupção e preconceito são frutos da sensação de impunidade e superioridade trazidas por esta "concentração de riquezas nas mãos de poucos". A contradição entre a moral -criada pelo próprio ser humano- e as atitudes da sociedade ratifica o "homem ser lobo do próprio homem" de Hobbes. Fica claro, portanto, a necessidade da criação de medidas para amenizar estes problemas. O governo deve criar leis que punam severamente casos de corrupção e intolerância e interagir com a mídia, estando atento aos seus abusos e controlando-a de forma que isto não seja censura. Dessa forma, a sociedade atual poderá usufruir de menos instabilidade ao seu redor e assim, diminuir as fronteiras entre classes, fazendo com que a pirâmide feudal seja apenas expressa em livros de história.