As classes sociais existem desde o início das civilizações. Dos gregos divididos em metecos, patrícios e plebeus, à amplitude alcançada pelos diferentes grupos na sociedade atual, observa-se que a disposição destes grupos é o que propicia - ou não- uma certa estabilidade nos países. Desta forma, a desigualdade entre classes, algo extremamente observado no processo capitalista, torna-se prejudicial ao desenvolvimento da nação e é um obstáculo a ser superado. Para Karl Marx, a luta entre classes é o que move o mundo. Entretanto, ela também pode desestabilizar um país. Um exemplo é a discrepância nos níveis econômicos dos mais diversos locais: os mais ricos, a chamada "classe A", subjuga e explora os mais pobres, o que acaba causando uma relação de parasitismo entre ambos tal como ocorre na relação biológica. Isto é prejudicial não só à classe mais alta, que passa a necessitar do trabalho visto como "insubstituível" dos menos favorecidos, mas também à estrutura das nações que sofrem como esse problema - como o Brasil, um dos mais desiguais socioeconomicamente do mundo-, pois cria uma certa estratificação social. Explicita-se, então, que apesar de mover o mundo, a luta entre classes e a convivência entre elas é necessária para que se mantenha o capitalismo, mas prejudicial ao se falar em desenvolvimento econômico e social. Há, ainda, a subjugação política feita pelos mais poderosos de um país em relação às massas, o que acaba por torná-las alienadas. No Brasil, houve o voto de cabresto durante os séculos XVIII e XIX, no qual os menos favorecidos eram obrigados a votar em quem os coronéis queriam. Esta prática prevalece até hoje, porém de maneira modificada, visto que há compra de votos e "ajuda" para manipular eleitores por trás das leis. Além disto, existe também o fato de dificilmente haver a ascensão de pobres ao poder, que é controlado pelas elites, e, quando há, é sempre com a ajuda destes mais ricos. Isto porque as massas e o poder são vistos, aos olhos dos "poderosos", como tão imiscíveis quanto o óleo e a água na química. Isto demonstra que, na política, as classes sociais são determinantes em se tratando de quem tem poder e quem não, e, quem tem, tenta tornar as massas mais manipuláveis e alienadas. As diferenças entre classes se expressam mais visivelmente, portanto, na política e na economia. Para que haja estabilidade em ambos, é necessário que os Ministérios do Trabalho, em parceria com os Governos Federais ao redor do mundo, criem uma estrutura de modo a garantir os direitos dos mais pobres e valorizar o seu trabalho, impedindo a exploração e impulsionando a economia. A sociedade deve tomar consciência acerca de seus candidatos e em quem vota, tornando-se menos alienada com a ajuda dos órgãos públicos encarregados de assuntos eleitorais, que devem divulgar o histórico e a proposta de cada político, bem como dar importância a todos os partidos e possíveis eleitos, independente da classe social. Assim, a estrutura política e econômica das nações ao redor do mundo estarão em equilíbrio baseado no respeito mútuo entre classes.