Título da redação:

A desigualdade social e seus reflexos econômicos e políticos

Tema de redação: Classe social: a estrutura para a estabilidade econômica e política de um país.

Redação enviada em 05/07/2015

A desigualdade social, presente em muitos países como o Brasil, concorre para a deterioração da sociedade, contribuindo com fenômenos como o aumento da violência, além de ser prejudicial para o crescimento econômico do país e possuir a capacidade de insuflar a instabilidade política na nação. O aumento do número de cidadãos nas classes menos favorecidas economicamente contribui para a deterioração da sociedade. Essas pessoas frequentemente se encontram em uma situação de fragilidade social, muitas vezes sem acesso às necessidades básicas, como emprego e moradia dignas, o quê pode colocá-las em contato com a criminalidade e contribuir para fenômenos como o aumento da violência. Essa situação de privação de necessidades básicas, como a educação, e a consequente qualificação profissional, dificulta o próprio processo de ascensão social do indivíduo e possui consequências mais amplas para a sociedade. A falta de qualificação profissional contribui para o desemprego, que por sua vez acentua o processo de empobrecimento. Em uma escala maior, isso prejudica o crescimento econômico do país ao, por exemplo, limitar a oferta de mão de obra qualificada para a indústria. Conjuntamente com o processo de degradação social, o empobrecimento de uma grande parcela da sociedade pode levar à instabilidade política. Isso ocorre pois, em momentos de crise social, é comum o fortalecimento de posições políticas extremistas , que costumam encontrar apoio em uma massa de manobra popular descontente. A história exemplifica esse tipo de fenômeno com a ascensão do totalitarismo na Alemanha, arrasada após a primeira grande guerra. Fica claro, dessa forma, que uma estrutura mais igualitária entre as classes sociais é fundamental para um país saudável em seus aspectos sociais, econômicos e políticos. Para isso, é essencial que o Governo amplie programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e de inclusão produtiva, como o Pronatec, que permitem o acesso da população à oportunidades de ocupação e obtenção de renda. Nesse contexto, cabe à sociedade se organizar, por meio de entidades como ONGs, e contribuir com a fiscalização dessas políticas, além de tomar a iniciativa na sua elaboração, através de mecanismos como os projetos de lei por iniciativa popular.