O sistema socioeconômico predominante na maioria das nações é o capitalismo, caracterizado pelo acúmulo de capital através do trabalho assalariado e, consequentemente, responsável pela existência de classes sociais. Esse sistema estabelece uma classe que detêm o poder sobre a outra, ocasionando a desigualdade social entre indivíduos. A política e a economia atuais são sustentadas pelas classes sociais e seus respectivos papéis. A classe privilegiada é a que possui poder econômico dentro do sistema capitalista, visto que o capital é fruto do sacrifício do trabalho assalariado. A divisão da sociedade em classes torna-se necessária para a manutenção do capitalismo. No entanto, a formação de classes sociais é injusta, uma vez que para o benefício de uma, outra é explorada. Além disso, o poder de uma classe dominante é perpetuado durante gerações, dificultando a ascensão daqueles que não são oriundos de uma classe privilegiada em virtude de que todos os recursos necessários para o desenvolvimento são restritos a determinadas condições que não são acessíveis para todas as pessoas. Sendo assim, há necessidade de criação de leis que se comprometam a equilibrar a igualdade de oportunidades entre as pessoas, tornando o progresso possível para todos. Medidas que facilitem, por exemplo, o ingresso de pessoas desfavorecidas em uma instituição de ensino superior e no mercado de trabalho através de cotas devem ser expandidas, assim como a maior oferta de ensino básico de qualidade, tendo em vista que são fundamentais para a diminuição do contraste social existente na sociedade.