Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Cibercondria: a doença da era digital

Redação enviada em 07/07/2019

Nos dias atuais a importância da internet no cotidiano dos brasileiros é notório. É possível afirmar que a população recorre ao mundo digital como forma de comunicação, entretenimento e também para informações sobre uma infinidade de assuntos, inclusive a saúde. Tal busca, muitas vezes de forma incessante, por respostas em relação a assuntos que se ferem à saúde, o que abrange diagnósticos e tratamentos, fez ascender uma nova categoria de psicopatologia a ser debatida: a cibercondria. O brasileiro sempre teve o hábito da automedicação, provavelmente herdado da própria gênese da nação que, enraizada na cultura indígena e reforçada pela disponibilidade de plantas medicinais aqui encontradas, acostumou-se a ter uma cura para cada doença . No entanto, com o advento da farmacologia industrial seguiu o antigo costume e passou a se medicar com drogas de laboratório, recorrendo às farmácias para se automedicar, a partir de conhecimentos advindos de experiências próprias ou de terceiros. Diante de tal costume, viu na internet uma aliada para a prática clínica por conta própria. Isso se evidencia por dados do Google que mostram os temas pesquisados nas ferramentas de pesquisa que fazem alusão a doenças e formas de tratamento. Desse modo, os cidadãos tem a autonomia de buscar respostas para suas ansiedades e serem autores de seus próprios diagnósticos e condutas terapêuticas, embora as informações em que se baseiem nem sempre sejam confiáveis e além disso, apenas profissionais com formação estão preparados para essa função de diagnosticar e prescrever. Mesmo que muitas vezes as informações possam ser aliadas como um alerta ao usuário, pressupor que a internet tem respostas e soluções para tudo, pode ser perigoso. Uma vez que o usuário, em grande maioria, não tem a capacidade de relacionar sintomas, estar atento à associações medicamentosas e dissociar doenças de outras, o acesso a conteúdos médicos podem mais prejudicar do que contribuir. Sem contar no inúmeros sites de charlatões que oferecem cura para todos os problemas. O perigo à saúde se evidencia porque muitas doenças tem tratamento rápido se o disgnóstico e inicio da terapia são precoces, portanto, protelar pode agravar os danos. Além disso, medicações erradas podem acarretar outros problemas de saúde ou levar ao óbito do paciente. Dessarte, se faz necessário combater a prática da automedicação e evitar a cibercondria. Os órgãos competentes, por exemplo o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência ,Tecnologia Inovações e Comunicações, devem identificar sites que dispõem informações equivocadas de formas de tratamento e vendem medicações sem controle, além de ter uma maior fiscalização na venda de fármacos também em lojas físicas. Ao identificar as práticas ilegais, punir com suspensões e multas. Sendo assim, a cibercondria causará danos mais leves.