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Redação sem título.

Tema de redação: Cibercondria: a doença da era digital

Redação enviada em 20/06/2019

No filme americano "As férias da minha vida" é retratada a vida de Georgia, uma vendedora cheia de sonhos que é diagnosticada com uma doença terminal. Diante disso, ela resolve viajar para aproveitar seus últimos dias de vida, porém mal sabia que se tratava de um diagnóstico falso, pois a máquina do exame estava quebrada e fez com que o resultado fosse errôneo. Hodiernamente, fora ficção pessoas têm sido vítimas da cibercondria, uma doença da era digital que em sua maioria fornece informações equivocadas. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: a comodidade que a internet trás e a negligência do poder público. Em primeiro plano, é indubitável que a comodidade com o acesso à internet para com a cibercondria esteja entre as causas do transtorno. Tendo em vista que em decorrência das inovações tecnológicas o contingente populacional consegue pesquisar sobre qualquer assunto, até mesmo se autodiagnosticar, fato é que tal ação acarreta no desespero por achar que se é portador de determinada doença, quando na verdade não passa de algo simples de ser resolvido, ou, até mesmo, pode implicar na automedicação fazendo com que o problema seja postergado, assim substituindo uma consulta médica por uma consulta com o famoso "Dr. Google". Prova cabal disso é a ferramenta que o site Yahoo disponibiliza, posto que, nele, existe um box de perguntas e respostas que faz com que algumas pessoas encontrem o "diagnóstico" falando de seus sintomas com indivíduos leigos. Em segundo lugar, destaca-se a negligência do poder público como impulsionador da cibercondria. Isso porque, além de ser possível se autodiagnosticar, o paciente em questão vai até uma farmácia e compra o medicamento que segundo o "Dr. Google" ou os cidadãos leigos trará a cura. Dessa forma, o fato de não precisar de uma receita resulta na ingestão irresponsável de medicamentos não prescritos por um profissional da saúde. Nessa lógica, uma pesquisa feita pelo ICQT (Instituto de pós-graduação para profissionais do mercado farmacêutico), revela que a automedicação é praticada por 79% dos brasileiros a partir dos 16 anos de idade. Mediante as dificuldades enfrentadas com a comodidade com o acesso à internet e a negligência do poder público, medidas são necessárias para a erradicação dessa adversidade. Portanto, é imprescindível que o Ministério da Saúde promova debates para a população em todas as escolas e universidades brasileiras, com a participação de mestres e doutores da área, por meio de simpósios e palestras que incentivem a busca aos profissionais de saúde e o uso consciente de medicamentos, a fim de atenuar a questão da cibercondria e fazer com que não seja necessário consultar o "Dr. Google" ou o Yahoo.