Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 15/09/2016

No decorrer da segunda metade do século XX, durante a Guerra Fria, os EUA desenvolveram a “Intranet”, uma ferramenta de comunicação que, anos mais tarde, representou o embrião da internet. Na contemporaneidade, devido ao processo de globalização, a internet se disseminou pelo mundo, sendo responsável pela facilitação da comunicação que, por sua vez, impulsionou o ciberativismo. Contudo, em relação ao ciberativismo, nota-se que, embora tenha agilizado manifestações ao redor dor do mundo, ele também contribuiu para o crescimento do falso moralismo. Em primeiro lugar, é importante destacar a melhor organização dos protestos como fruto do ciberativismo. Em virtude do fácil uso das redes sociais, a utilização da internet como ferramenta de protesto permitiu que os manifestantes combinassem melhor os detalhes do movimento. Dessa forma, os atos reivindicatórios tornaram-se mais coesos e a propagação de suas causas ocorreu de maneira satisfatória. Somado a isso, é notório enfatizar que, segundo o jornal “The New York Times”, os movimentos são fortalecidos pelas redes sociais visto que repercutem os fatos diária e intensamente. Tal visão ratifica a importância do ciberativismo, além de demonstrar que ele torna possível a adesão de cada vez mais adeptos ao movimento. Todavia, enquanto o ativismo pela internet amplia o alcance das manifestações, ele também é responsável por enfraquecer o diálogo. Em razão da seletividade das redes sociais, pois os usuários podem adicionar ou excluir amigos facilmente, os ativistas podem focar suas atenções apenas em vínculos sociais que compartilham ideologias em comum as suas. Dessa maneira, cresce o falso ativismo porque, com ausência do diálogo entre os protestos, os manifestantes passam a impor suas causas. Segundo o site “El Pais”, as redes não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia, logo, as reivindicações perdem legitimidade. Fica claro, portanto, que, assim como Aristóteles defendia, é necessário a busca pelo “meio-termo”, ou seja, para que o ciberativismo influencie positivamente os protestos, torna-se imprescindível o diálogo. Para solucionar esse problema, a mídia deve promover encontros e debates entre grupos manifestantes e, para tanto, deve-se argumentar que tais encontros beneficiarão ambos os lados. Além disso, o incentivo para esses eventos também deve vir dos Governos, utilizando discurso de que as causas só serão atendidos se houver o debate de ideias