Título da redação:

O Ativismo Paralelo

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 01/08/2016

As redes sociais são mundialmente utilizadas por permitirem uma simples conexão via internet entre as pessoas e por proporcionarem um universo digital extremamente amplo e moderno. A possibilidade de fácil comunicação entre grupos societários, porém, é considerada por diversos Estados autoritários, como a China e Cuba, como um perigo aos seus governos, em razão de facilitar a organização de atos anti-governo e auxiliar a disseminação de informações sem censura governamental. É evidente, portanto, o papel de ativismo e democracia da internet nas sociedades pós-modernas, sendo este um ambiente virtual onde a circulação de informações deve ser livre e não censurada. A Primavera Árabe, forma de que são chamadas as diversas revoltas populares e guerras civis que ocorreram no mundo árabe no ano de 2010, englobou como um de seus pilares para a queda de governos socialistas e ditatórias as redes sociais. Através destas, como o Facebook e o Twitter, os manifestantes apresentaram ao mundo a realidade dos diversos países, além de organizarem pontos de encontros para os protestos e reuniões secretas. Paralelamente, variados casos de atos políticos, mesmo em países democráticos, através de organização via redes sociais, tem demonstrado a importância destas para o ativismo político, como os episódios de protesto contra a ex-presidente Dilma Roulseff, ocorridos no Brasil em 2014 e 2015. O surgimento de grupos de ativismo digital, além das redes sociais, como o grupo Anonymous, tem transformado as relações de ativismo na internet. O referido grupo, conhecido por utilizar mascaras do filme “V de Vingança”, constantemente derruba o sistema digital e computacional de governos autoritários, inibe a ação de censura do Estado na internet e auxilia grupos democráticos. O website WikiLeaks reúne diversos arquivos digitais de governos e de grandes corporações, obtidos através de hackers, relacionados à escândalos e ilegalidades, como as recentes manipulações da campanha presidencial de Hillary Clinton, nos EUA. Ao analisar os fatos, torna-se evidente, por conseguinte, a importância do ciberativismo para a manutenção da democracia. É papel da sociedade, como um todo, incentivar a ação a de grupos digitais que obtém informações de ações ilegais de governos, como o WikiLeaks. As redes sociais, como o Twitter, devem permitir a livre circulação de informações dentro da rede, fora de qualquer censura. É função dos indivíduos, invariavelmente, rechaçarem toda e qualquer tentativa de censura governamental, através de protestos e organizações democráticas, sendo a repressão de informações ilegítima em qualquer condição.