A internet aliou o acesso à informação a liberdade de expressão, criando um ambiente propício a propagação de ideologias e movimentos. Através das redes sociais, que desempenham papel importante no processo de divulgação de causas sociais e políticas, a população é capaz de exercer seu direito de manifesto. Segundo Gilberto Freyre, "sem um fim social, o saber será a maior das futilidades", o que valida o argumento de que a reflexão sobre convicções e a tomada de ação devem ser estimuladas, pois desenvolvem o pensamento crítico do povo. As plataformas de mídias sociais tornaram-se palco de debates, organizações de protestos e da popularização do ciberativismo, o qual pode ser benéfico e recompensador não apenas para o seu realizador, mas também para a sua comunidade. A mobilização social de grupos em prol de reinvidicações sociais teve grande impacto na história, e a internet teve efeito catalisador nas manifestações no século XXI. O crash do site da linha aérea Lufthansa, em 2001, promovido por ciberativistas revoltados com a deportação de imigrantes ilegais pelo governo alemão utilizando aviões da Lufthansa, é exemplo desse efeito. Portanto, tendo como objetivo a formação de manifestantes conscientes e participativos dentro da sociedade e a extinção do ativismo em favor do ego, medidas são necessárias para concretizar a meta. A realização de palestras ministradas por sociólogos em escolas, patrocinada por órgãos da área da educação, e a efetivação de punições para manifestações publicadas online que violem os direitos humanos, exercida por juízes e governantes, tornariam as redes sociais mecanismos de ativismo responsável.