Título da redação:

(in)ativismo

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 26/07/2016

O avanço tecnológico associado à forte disseminação das redes sociais tem mudado os hábitos dos indivíduos inclusive, quando se trata de manifestar e reivindicar direitos. Até o início do século XXI ativistas realizavam reuniões às escondidas que antecediam fortes movimentos presenciais. Hoje, frente à era tecnológica e a facilidade da rede, surgiu a geração “curte e compartilha” que demonstra (ou não), seu ativismo por trás de uma tela. O crescente uso das redes é uma importante ferramenta de integração dos indivíduos e disseminação de idéias. Em 2013, por exemplo, o povo brasileiro se mobilizou a favor da democracia. O movimento “Vem pra rua”, organizado e disseminado por meio das redes sociais, tomou grandes proporções levando milhares de pessoas a reivindicar saúde, educação e segurança. Em contra partida, a praticidade das redes sociais também torna incoerente o discurso de alguns frente a realidade. Qualquer individuo pode criar um movimento sem, necessariamente, se expor e sem comprovação da veracidade daquilo que se exprime. Desse modo, diversos movimentos sérios perdem credibilidade devido à falsas polêmicas criadas por alguns que apenas espalham boatos. Além disso, essa facilidade gerou um enorme comodismo, no qual levantes em prol do bem comum, por exemplo, são realizados por meio de abaixo assinados online que, na maioria das vezes, nem chegam aos órgãos competentes, mas que mesmo assim, geram na população o sentimento de dever cumprido. Todavia, cabe ao legislativo estipular uma quantidade de assinaturas necessárias para que abaixo assinados online sejam validados. E, principalmente, é necessário que haja engajamento tanto dos organizadores quanto da população para que os movimentos ganhem vez e voz e que as redes sociais sejam apenas facilitadoras. Além disso, os movimentos devem apresentar caráter pacifico, visto que a violência que muitas vezes ocorre nas manifestações afasta a população que prefere contribuir virtualmente ou apenas assistir pelos noticiários.