Em vez do uso de paus e pedras, usam a conexão com a internet, mostram o retrato de uma nova forma de protesto: o ciberativismo. Movimento que nasce na rede e na maioria das vezes é organizado pela juventude insatisfeita com as diretrizes da sociedade em que vive. Esta é nova forma de ativismo politico, no qual, mobilizar o mundo é o primeiro passo para alcançar o objetivo da luta, principalmente, em regimes antidemocráticos que marginalizam uma parte da sociedade retirando direitos do cidadão. As primeiras formas de ciberativismo iniciaram na primeira década de 1990, porém, movimentos recentes no Brasil e no mundo, mostraram a potencialidade dessa nova forma de protesto. Segundo Paulo Freire “Manter a esperança viva em um país é em si um ato revolucionário”, evidencia que mesmo o país tendo o governo como problema, a esperança de dias melhores virá. Um exemplo é a Tunísia, que teve através do Twitter e do Facebook noticiou ao mundo sobre problemas no país, ajudando a informar e organizar a Primavera Árabe no ano de 2011. Em Junho de 2013, as redes sociais e os celulares também foram presença marcante na “passeata dos R$0,20 centavos”, pois, foi nessa dinâmica que o MPL (Movimento do Passe livre) mobilizou centenas de pessoas para começarem a irem as ruas reivindicar direitos por melhorias no país. Além disso, ainda convém lembrar que o ativismo acontece desde uma petição online até uma criação de projetos para arrecadar doações em prol de alguma instituição. Contudo, os ciberativistas sabem que ações virtuais são pouco eficazes sobre estruturas concretas, neste sentido, a luta saiu do âmbito cibernético e se materializou nas ruas. Entretanto, os movimentos sofrem com outro tipo de organização: os chamados Black Blocs, que organizados independentemente, protestam com radicalismo e muitas vezes o governo confunde e repreende dizendo que fazem parte do movimento pacifista. E mesmo com tal repressão, a luta é constante até conseguirem os resultados, como foi o caso da queda de vários ditadores no Oriente Médio, revogação de leis no Brasil e também na Ucrânia; mostrando assim, o quanto a união faz a força em prol de melhorias de uma nação. Dessa forma, é imprescindível conscientização e mais informações para aqueles que ainda enxergam este tipo de ativismo como problema e não como solução. Á começar pelo governo que pode conhecer a proposta do movimento antes de marginalizá-los; a mídia dar o melhor incentivo, mostrando o lado solidário do movimento que vai além das ruas. Ademais, talvez assim, este seja o inicio da realização da proposta principal do cibertivismo: a construção de uma sociedade justa e igualitária, onde todos tenha uma vida digna e de qualidade.