Título da redação:

Grandes influências

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 18/10/2017

Segundo a Constituição brasileira de 1988, todos os cidadãos possuem direitos referentes à liberdade de expressão, conquanto que estes não transgridam outros tópicos da Carta Magna do País. Nesse sentido, a tecnologia – no contexto hordieno – tem atuado como o instrumento de disseminação de opiniões. Contudo comunidades e exposições de linhas de pensamentos configuram o falso ativismo, por conta da alienação e refuto a novas ideias. Portanto, o contexto contemporâneo reflete um cenário desafiador seja pela necessidade de ação do governo, seja pelo índice de educação. De acordo com o filósofo contemporâneo, Zygmunt Bauman, apesar das redes sociais oferecerem facilidades tangentes à comunicação, evitar debates também se tornou proporcionalmente conveniente. Sob tal ótica, é indubitável a escassez de diálogos produtivos nas plataformas sociais, uma vez que – naturalmente – é mais confortável conversar com sujeitos alinhados com sua visão de mundo e há a possibilidade de negar as convicções dos outros, por intermédio do bloqueio de usuários. Ademais, assim como citado por Immanuel Kant, “o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Analisando a frase sob um prisma estritamente histórico, vale salientar o contexto da Revolução Industrial, no qual a população estava sujeita a alienação gerada pela falta de conhecimento e má formação do senso crítico em detrimento de sua escolaridade. Dessa forma, como o Brasil apresenta baixo índice de educação, pode-se afirmar que comentários nas redes sociais podem servir de influência ideológica para muitos, comprometendo a opinião pública parcial. Em sintonia com as situações supracitadas, cabe ao Estado, como gestor dos interesses públicos, realizar palestras nas instituições de ensino – superior e fundamental – do país, conscientizando a população da produtividade de debates – com o fito de diversificar as frentes de pensamento – e alertar a possibilidade de influências; a fim de evita-las, disseminar originalidade e, consequentemente, gerar real ativismo. Por fim, infere-se que, na dimensão atual – ao mesmo tempo em que a tecnologia proporciona efetividade comunicativa – as redes sociais dificultam o debate entre sujeitos de opiniões discrepantes. Outrossim, vale ressaltar a influência gerada pela dispersão de comentários num cenário onde parte significativa da população é sujeita a alienação. Portanto, para propagar o real ativismo, a ação do governo é necessária.