Título da redação:

Filtrar os assuntos e mobilizar-se

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 22/08/2016

De acordo com a revista Exame, 53% das pessoas na América Latina fazem o uso das redes sociais, e segundo o site Tec Mundo, o Brasil é o país com mais acessos a redes sociais, um meio de grande abrangência entre os jovens, que são capazes de criar um ciberativismo, utilizando-as responsavelmente como meio de protesto, fazendo com que as pessoas reflitam sobre temas da sociedade em que estão inseridas e em alguns casos, um triste falto ativismo. É possível perceber que como aumento do acesso à internet no Brasil, as redes sociais foram ganhando cada vez mais usuários. Páginas e grupos fechados foram criados para que pessoas pudessem se reunir em meio virtual para debater sobre assuntos de seu interesse. Essas páginas são capazes de obter grande abrangência, mobilizando centenas de pessoas em locais distintos, pois a internet possibilita instantaneidade, uma informação compartilhada no Rio Grande do Sul por exemplo, chega em Roraima (estados extremos do país) em milésimos de segundo. Nesse sentido, exemplos a serem citados são os protestos ocorridos no Brasil em junho de 2013, que foram organizados pelas redes sociais e que abrangeram todo o país, fazendo com que a população fosse às ruas para protestar pelos seus direitos e recentemente na Turquia, cujo presidente Erdogan, sofrendo uma tentativa de golpe, mobilizou a população através do “Twitter” à ocupar praças e locais públicos, a fim de defender a democracia do país. Convém lembrar que algumas pessoas utilizam desses meios para fazer um falso protesto, apenas em busca de “curtidas” e não por realmente se preocuparem com o assunto, ou seja, um politicamente correto. O que realmente importa em tudo isso é que existem pessoas que querem fazer a mudança, não em busca de holofotes, expondo seus argumentos e debatendo-os, fazendo a sociedade refletir e buscar mudanças. Uma profissão recém criada, os chamado “youtubers”, ou seja, influencias digitais, têm conseguido chegar a muitos jovens (mas não exclusivamente somente a essa faixa de idade), através da internet, abordando temas de forma bem humorada, como é o caso do Canal Põe na Roda, que trata de temas LGBTT de forma descontraída, mostrando o “mundo arco-íris’ e suas dificuldades. Sendo assim, é preciso que as pessoas aprendam a filtrar os conteúdos, fugindo de falsos protestantes, dando ênfase a quem realmente se importa, mobilizando-se e defendendo seus direitos. Também se torna necessário que o governo federal, mais precisamente o setor responsável pelas comunicações, invista na rede de telecomunicações do país, reduzindo os custos para o usuário e abrangendo uma porção maior do território brasileiro.