Título da redação:

Falta de informação

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 24/07/2016

A partir da década de 2000, a medida que a internet se popularizou as relações sociais se globalizaram. Hoje, é possível a comunicação instantânea com qualquer ser humano do planeta. Em virtude disso, movimentos sociais, como, por exemplo, a Primavera Árabe no Oriente Médio e na África setentrional, ganharam significativa repercussão mundial e adeptos, tendo como consequência o ataque direto a costumes e governos. Contudo, diante da democracia indireta brasileira, protestos que contestam atitudes governamentais, se tornaram o ópio do povo. Ao refutar atitudes machistas, homofóbicas, racistas, criminosas, entre outros, os usuários das redes sociais exercem o senso crítico. As “hashtags” promoveram a exposição e a discussão desses fatos. A partir disso, nota-se que uma parcela da população tem amadurecido a sua capacidade de compreender as relações públicas e descartando do cotidiano atitudes preconceituosas. Entretanto, quando as reivindicações são a respeito de atitudes dos órgãos públicos, o avanço torna-se estagnação. A falta de informação a respeito da democracia representativa, leva ao equívoco do povo. Há a Utopia de que as mobilizações digitais gerarão efeito nos atos dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Desde junho de 2013, os protestos - de origem online - se intensificaram e o governo se tornou o principal alvo. De fato, é notório que os serviços básicos não tem sido oferecidos de maneira satisfatória e que a causa é a corrupção. Mas, de acordo com o modelo governamental brasileiro, o sucesso dos protestos estará pautado nas eleições seguintes, com a escolha de um novo representante. A chave para que os déficits na infraestrutura sejam sanados está no conhecimento dos candidatos à eleição. A maior arma para uma revolução no Brasil não é a internet, é o voto. Para que essa realidade seja mudada, é necessário que a população pesquise a respeito das atitudes e condutas dos pretendentes a cargos públicos. É preciso que a ideia de que as manifestações violentas geram resultados seja substituída pela concepção de que o voto consciente pode mudar o rumo de um país. Apenas o compartilhamento nas redes sociais de ideias revolucionarias, sem a atuação nas urnas, não passa de mera hipocrisia.