Título da redação:

Complementos ativistas

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 04/09/2016

Com o advento da tecnologia da informação, por intermédio da Segunda Revolução Industrial, computadores e celulares se tornaram indispensáveis para a comunicação. Nessa linha, as redes sociais, principalmente, são utilizadas nos dias de hoje, como um meio de divulgação de causas e para organização de mobilizações políticas ou sociais, o chamado ciberativismo, todavia, podem, muitas das vezes, contribuir para um acomodamento das pessoas, Em primeira análise, é sabido que as informações alcançam um maior contingente de pessoas quando divulgada pela internet. Desse modo, Joseph Krutch afirmou que a tecnologia tornou possível a existência de grandes populações, um exemplo disso, foram as séries de manifestações populares, a Primavera Árabe, a favor da democracia e contrária ao governo árabe, que teve seu início nas redes sociais. Já no Brasil, as manifestações pelo alto valor da passagem em 2013, bem como o misto de passeatas e protestos cibernéticos de grupos a favor e contra o impeachment presidencial, influenciaram de certa forma, o cenário político brasileiro. Entretanto, em alguns casos, a tecnologia pode contribuir para uma passividade no ato de protestar. Nesse caso, a população utiliza da internet como uma ferramenta de acompanhamento e não de ação e mudança. Assim, o acomodamento somado a liquidez das relações sociais contemporâneas, como Zygmunt Bauman aponta, não seriam eficazes como as manifestações tradicionais. Fica evidente, portanto, que o ciberativismo é um aliado da democracia quando atrelado aos protestos tradicionais. Logo, as Organizações das Nações Unidas (ONU), deve iniciar uma discussão com os países que proíbem a utilização da internet como meio de comunicação, para que a população desses lugres tenha como reivindicar seus direitos de maneira a atingir um maior púbico. Ademais, o Governo Federal aliado as esferas estaduais e municipais de poder, devem assegurar o direito de internet gratuita a todos os brasileiros, seja nas escolas ou em bibliotecas. Por fim, os colégios podem ensinar aos pais e alunos, por meio de palestras, a utilizarem os meios digitais como forma de ativismo, ressaltando que esses devem ser complementados com os físicos de maneira pacífica.