Título da redação:

Ciberativismo: o novo aliado da democracia

Tema de redação: Ciberativismo: Ferramenta de protesto ou falso ativismo?

Redação enviada em 05/08/2016

A contestação de regimes políticos sempre existiu. A Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos são exemplos de transformações de posições ideológicas em ações conjuntas de suas populações para mudarem as suas realidades. As manifestações das massas são a materialização da democracia e no século XXI tomam uma conotação cibernética, mostrando a Internet como uma grande aliada dos sistemas democráticos. A Primavera Árabe – que eclodiu em 2010 no norte africano e no Oriente Médio – e os protestos contra a corrupção no Brasil – iniciados de forma maciça em 2013 - foram, em sua maioria, organizados através das mídias sociais. O ciberativismo se mostra um meio de organização mais rápido e de infraestrutura estratégica em que há a mobilização de um grande número de pessoas em um curto espaço de tempo, definindo com mais clareza os objetivos e reivindicações dos movimentos. Somada à função mobilizadora, a Internet permite que tudo seja acompanhado em tempo real, contribuindo para o compartilhamento de informações claras e imparciais sobre as manifestações. Segundo o sociólogo Marshall McLuhan, a tecnologia contribuí para um desenvolvimento positivo da humanidade, de modo que permite o livre exercício da expressão, promovendo a liberdade e a igualdade. Visto que os regimes democráticos pautam-se nesses direitos naturais e fundamentais, as inovações tecnológicas são armas para a manutenção da democracia, expondo regimes ditatoriais e corruptos e diminuindo, assim, o seu controle sobre a população, tornando possível a materialização das reivindicações sociais. O ciberativismo é, portanto, um meio de organização social e de contestação política. A liberdade e a imparcialidade das mídias sociais permitem a promoção de movimentos de forma mais rápida e clara. É importante que as manifestações não possuam somente caráter ideológico, mas engajamento político, de modo que apresentem soluções e/ou medidas para atenuar os problemas que estão sendo expostos. O Estado, por meio de plebiscitos, deve trabalhar diretamente com a população, atendendo às suas reivindicações através de projetos e investimentos. O diálogo entre o Governo e o povo é fundamental para estabelecer o que deve ser trabalhado e melhorado.